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Euforia atinge pequenos

O aquecimento do mercado interno, o crescimento dos salários e a queda dos juros, aliados ao baixo índice de inflação, foram os principais fatores que contribuíram para o aumento do faturamento das micros e pequenas empresas em São Paulo

Em abril, a elevação geral foi de 3,5% sobre o mesmo mês de 2006. Indústria e comércio destacaram-se com avanços de 8% e 6,4%, respectivamente. Esses números fazem parte da pesquisa mensal elaborada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), divulgada ontem e que envolveu 2.716 micros e pequenas empresas do estado.

Para o coordenador do levantamento, Marco Aurélio Bedê, o faturamento continuará avançando nos próximos meses porque “a expectativa é de que a economia como um todo entre em um ciclo de desenvolvimento sustentado”.

A receita de serviços teve recuo de 5,4%. Esse resultado negativo é conseqüência do excesso de oferta, principalmente na capital e Grande São Paulo. “O setor de serviços cresce em oferta nessas regiões, mas o mercado consumidor não acompanha esse ritmo de expansão. Por isso, o desempenho foi negativo”, disse Bedê.

Ainda considerando as regiões avaliadas, o avanço de 10% no faturamento das micros e pequenas empresas do interior de São Paulo deveu-se ao maior dinamismo das atividades desenvolvidas no agronegócio. “Deve-se lembrar que o setor apresentou números positivos nesse período, o que beneficiou de maneira geral o interior paulista, e que abril é um mês normalmente positivo porque marca o início das safras de laranja e de café”, explicou Bedê. No ABC, o desempenho positivo das micros e pequenas empresas resultou do aumento da demanda por parte das grandes corporações.

Já a região metropolitana de São Paulo teve desempenho negativo em abril, com queda de 1,6% e 1,5%, respectivamente. Esse resultado foi conseqüência do já citado resultado negativo no setor de serviços, mas a expectativa é de recuperação nos próximos meses, conforme as indústrias solicitem o aumento de serviços externos.

Postos de trabalho – Em relação ao pessoal ocupado nas micros e pequenas empresas, houve queda de 1,1% em relação a março e de 2,5% sobre abril de 2006. A retração nas contratações aconteceu em conseqüência do fraco desempenho desse segmento no último trimestre de 2006, mas os técnicos do Sebrae acreditam que esse quadro deve se reverter com o aquecimento da economia em geral. Atualmente, o segmento emprega 5,7 milhões de pessoas no estado.

O total gasto pelas micros e pequenas empresas com salários registrou diminuição de 4,5% em abril de 2007 em relação ao mesmo mês do ano passado em função da queda do pessoal ocupado.

Quanto aos rendimentos reais, o estudo comparativo de abril de 2007 sobre abril do ano passado mostra que o desempenho foi positivo. O avanço foi de 1,2%, resultado da recuperação geral do poder aquisitivo da população.

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