EUA enviam aviões de guerra para Golfo Pérsico
O Pentágono afirmou hoje que aviões de guerra, entre eles bombardeiros e caças, estão sendo enviados à região do Golfo Pérsico como início de uma movimentação da “luta contra o terrorismo”, segundo informações da rede de TV CNN.
Dezenas de aviões militares vão ser enviados até amanhã, segundo o Pentágono. Uma segunda ordem, ainda não confirmada, pode elevar o número de aeronaves envolvidas em até cem. A campanha seria chamada temporariamente de “Operação Justiça Infinita”.
“Os Estados Unidos estão reposicionando algumas de suas forças militares, solicitadas a preparar a campanha do presidente contra o terrorismo e apoiar os esforços para identificar, localizar e responsabilizar os terroristas e aqueles que os abrigam”, disse o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman.
Os Estados Unidos também enviaram hoje um terceiro porta-aviões para a região de Norfolk, na Virgínia.
Perto de 200 aviões de guerra da Força Aérea já estão estacionados em bases do Golfo, da Turquia e da região do Oceano Índico e o novo movimento deve aumentar esse número para 300.
Washington acusou o Taleban, que governa 90% do território afegão, de abrigar o milionário saudita Osama bin Laden, o principal suspeito pelos ataques nos EUA.
Declarações
O presidente George W. Bush disse que falará ao Congresso amanhã sobre os ataques terroristas ocorridos no país na semana passada, que atingiram o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nos arredores de Washington.
“Devo isso ao país para dar uma explicação”, falou Bush. “Procuro a oportunidade de explicar para o povo norte-americano quem teria feito isso ao nosso país e por que.”
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, pediu hoje aos países árabes que se juntem à campanha anti-terrorista, afirmando que não se trata de uma guerra contra o Islã e que Israel não fará parte de uma operação militar.
Retirada
Os Emirados Árabes Unidos e o Kuait começaram a repatriar milhares de estudantes atualmente nos Estados Unidos por agressões físicas e morais contra muçulmanos depois dos ataques terroristas ocorridos na semana passada em Nova York e Washignton.
Segundo o jornal árabe “Khaleej Times”, as autoridades do país já contataram a embaixada dos Emirados Árabes em Washington para “coordenar, junto às universidades norte-americanas, o retorno dos estudantes árabes para seus países de origem”.