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Estudo da Fiesp reforça o Xô CPMF

Guarulhos, 27 de setembro de 2007

Em sua cruzada pelo fim da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apresentou um estudo para provar que o tributo poderia ser extinto em 2008 sem causar problemas aos cofres públicos ou comprometer os programas sociais

De acordo com o gerente do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, André Rebelo, foram identificados R$ 54,1 bilhões para compensar as despesas do orçamento de 2008 a serem custeadas pela CPMF.

Segundo ele, a previsão é de a receita líquida proveniente de estados e municípios em 2008 ser 3,7% maior, totalizando R$ 20,4 bilhões. “O governo deverá economizar R$ 5,5 bilhões nos gastos com os servidores públicos”, analisa Rebelo.

O estudo aponta ainda que as despesas serão 4% menores que as previstas, somando R$ 5,8 bilhões. Rebelo diz ainda que, sem a CPMF, o Banco Central (BC) poderia reduzir o juro básico em quase um ponto percentual. Dessa forma, sobrariam R$ 13,9 bilhões nos desembolsos com os dispêndios com juros e R$ 7,5 bilhões nos pagamentos da dívida do governo.

“O fim da contribuição aumentaria ainda em R$ 1 bilhão o resultado das estatais porque os fornecedores não repassariam para produtos e serviços o valor do tributo”, acredita Rebelo.

De acordo com o gerente da entidade, os números impressionaram os juristas presentes à reunião. “Se eles tinham alguma dúvida quanto ao fim da CPMF, agora ficaram convencidos. Agora, é torcer para a prorrogação não passar”, afirma.