Em meio a muita comoção, cerca de 100 pessoas, entre amigos, familiares e funcionários da companhia aérea TAM acompanharam o sepultamento da auxiliar de limpeza Deonice Santana, de 31 anos, na tarde de ontem, no Cemitério Parque Primavera II, Zona Norte.
Durante o velório, uma das irmãs de Deonice passou mal e teve de ser atendida em uma ambulância que estava no cemitério. Evangélica, a família preparou um rito especial com palavras de um pastor, em que foram feitas preces e orações.
Trabalhando como auxiliar de limpeza há um ano e dois meses na TAM, Deonice morreu na tarde de quarta-feira, depois de ficar três dias internada em estado grave, por ter caído de uma altura de cerca de 10m de um Airbus A330, estacionado no pátio do Aeroporto de Cumbica, Zona Leste. O acidente de trabalho ocorreu na tarde de segunda, depois que ela havia executado serviços de limpeza na aeronave.
Deonice teve traumatismo craniano e foi internada no Hospital Geral de Guarulhos, onde morreu de parada cardíaca. Um dia antes, ela já apresentava um quadro neurológico irreversível com suposta morte encefálica.
De acordo com o marido, Ronaldo Mário da Silva, de 32 anos, a auxiliar de limpeza caiu do A330, porque havia um vão entre a aeronave e o caminhão para o transporte da escada que dá acesso à aeronave. “Ela não viu esse vão e acabou caindo”, disse Silva, que estava casado com Deonice há quatro anos.
A companhia aérea, em nota oficial, informou que está prestando assistência à família e já apura as causas do acidente.
