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Empresas prevêem faturamento maior

A adoção ampla do Simples para o setor de serviços pode representar um impulso importante para a economia. De acordo com pesquisa da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), com o Simples o setor poderia faturar 41% mais e empregar 30% mais pessoas.

A pesquisa mostra, ainda, que os salários poderiam aumentar em 40,89% e o pró-labore, que é a remuneração do prestador de serviços, deve ter elevação de até 138%. A regularização das empresas (ou seja, a diminuição da informalidade) aumentaria em 70%, garante o levantamento da entidade.

Inclusão, pouco a pouco

Os números mostram que o Simples pode ajudar bastante não só o setor, mas toda a economia. Os especialistas lembram, no entanto, que a inclusão de segmentos de serviços deve ser gradual, para evitar distorções.

José Pastore, professor, economista e especialista em Trabalho, lembra que o setor de serviços já está sendo gradualmente incluído no Simples Federal. O professor explica que não há como incluir todo o setor – que representa 60% do PIB do País – de uma só vez.

Ele alerta que, se o novo governo tomar uma atitude considerada “mais popular”, e incluir todos os segmentos de uma vez, a Previdência vai registrar um déficit maior, o que levaria o País a se endividar mais no exterior para pagar os aposentados e pensionistas.

Mais endividamento significa mais juros, desemprego e desaceleração econômica.

“A Previdência ganha contribuintes formais em número, mas perde na massa, pois a contribuição do Simples é 17% menor que a normal”, argumenta o especialista.

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