Os empresários estão mais otimistas com a economia do País. É isso o que mostra o índice de confiança do empresariado industrial medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador cresceu 7,3% na avaliação trimestral, em relação aos dados de julho. Esse aumento se explica, de acordo com a CNI, pelo “esperado aquecimento sazonal do nível de atividade no fim do ano” e pela melhora do humor do empresariado em relação à economia.
O índice passou de 51,9 pontos para 55,7 pontos (os indicadores variam de 0 a 100 e valores acima de 50 pontos mostram confiança dos empresários). Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 12,5%.
“A pior fase de retração da economia foi ultrapassada”, disse o coordenador de Política Econômica da Confederação, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, o aumento da confiança do empresário, registrado em outubro, mostra a superação da recessão. “A alta reflete a expectativa positiva em relação à superação da recessão, com o abrandamento da política monetária, de um lado, e a contenção da inflação, de outro”, afirmou.
Ambiente propício
Segundo Castelo Branco, a pesquisa mostra que há um ambiente propício para a retomada gradual do crescimento nos próximos meses. “Não há euforia. Os empresários esperam que a atividade se recupere, mas é uma expectativa de melhora gradual nos próximos seis meses”, acrescenta.
Entre os grandes empresários, a confiança aumentou 6,9% em outubro com relação a julho, de 55,3 pontos para 59,1 pontos. Entre os pequenos e médios, o índice subiu 7,6%, de 50,1 para 53,9.
De acordo com a CNI, os empresários ainda vêem as condições atuais da economia com pessimismo uma vez que o índice que mede essa percepção continua negativo, tendo saído de 37,3 pontos para 43,4 pontos. Mas quanto à expectativa para os próximos seis meses, a confiança melhorou: passou de 59,3 pontos para 61,9 pontos.