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Emprego no comércio sobe 2% em fevereiro

Guarulhos, 01 de abril de 2003

O emprego no comércio paulista cresceu 2,01%, em fevereiro se comparado ao mesmo mês de 2002 e ficou 1,18% acima do índice de janeiro, segundo levantamento mensal realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). É o segundo melhor resultado em um mês de fevereiro desde o início do Plano Real, atrás da alta de 5,6% verificada em 1995.

Segundo a entidade, a massa salarial teve aumento de 8,85% em fevereiro. Em janeiro, a pesquisa havia captado variação de 0,97% no nível de emprego e de 7,49% na massa salarial dos empregados do comércio, na comparação com igual período do ano anterior.

Segundo a Fecomércio-SP, em ambos os casos, o resultado se explica principalmente pela base fraca de comparação, já que no início do ano passado o comércio registrou forte retração, ainda sob o efeito do racionamento de energia.

Essa interferência é mais clara no segmento de bens duráveis (eletroeletrônicos, equipamentos de som e imagem, móveis e decoração), exatamente o que apresenta maior recuperação. Entre os duráveis, utilidades domésticas foi o item que mais puxou o resultado de fevereiro. Em relação a janeiro, houve alta de 1,18% no nível de emprego, desempenho considerado normal ao período, principalmente porque neste ano o carnaval ocorreu em março, ampliando o número de dias úteis de fevereiro.

Os segmentos de supermercados (3,93%) e vestuário (8,38%) também tiveram variação positiva no nível de emprego de fevereiro.

Queda

Nos outros segmentos do comércio, contudo, praticamente só houve retração, tanto no nível de emprego quanto na massa de salários. As concessionárias de veículos tiveram a maior queda na quantidade de pessoas trabalhando, que ficou 14,44% menor do que em fevereiro de 2002 porque o setor tem sofrido com a retração do crédito e a queda de poder aquisitivo dos consumidores. O comércio automotivo também apresentou queda de -12,60%, assim como lojas de departamentos, com recuo de -10,74%.

Ficou por conta da venda de CDs o pior desempenho em relação à massa salarial: perda de 65,492%. A principal causa desse resultado tem sido o fraco desempenho das vendas de CDs, prejudicadas pela pirataria.