Emprego na indústria caiu pela terceira vez consecutiva
O emprego na indústria de todo país voltou a cair em janeiro, pela terceira vez consecutiva: a queda foi de 0,2% em relação a dezembro passado. Na comparação com o mesmo mês de 2001, o número de vagas caiu 1,8%, acima da queda de 1,6% registrada em dezembro. Com o resultado, o parque industrial acumula corte de 2,1% no número de postos de trabalho, informou o IBGE.
A pequena reação esboçada pela indústria no ritmo de produção, desde o fim do ano passado, não foi, até aqui, suficiente para reverter o arrefecimento do emprego. Pelo menos nove dos 18 ramos industriais pesquisados apresentam queda entre dezembro e janeiro.
A maior pressão negativa veio do setor de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-1,9%). O emprego neste ramo cai continuamente desde julho de 2001, por conta do racionamento de energia, acumulando queda de 8,8%.
Também exercem pressão negativa os setores de alimentos e bebidas (-0,5%) e calçados e couros (-1,3%). Foi a terceira queda consecutiva na indústria de alimentos e bebidas, que acumula perda de 3,2% desde outubro de 2001. No mesmo período, o total de empregados na indústrias de calçados e couros caiu 5,5%.
Entre os ramos que tiveram aumento no número de vagas, o setor de fumo destacou-se com uma taxa de 31,4%, sob influência de fatores sazonais. No ano passado, no mesmo período, o crescimento chegou a 43,8%. Produtos químicos (0,9%) e borracha e plástico (0,9%) contribuíram para atenuar a queda no total da indústria.
Os maiores impactos negativos entre dezembro e janeiro vieram dos parques industriais de São Paulo (-0,3%), Minas Gerais (-0,6%) e Rio de Janeiro (-0,8%). Aumentaram o nível de emprego Bahia (0,2%), Espírito Santo (0,3%), Paraná (0,2%) e Santa Catarina (0,7%).