Eleição não influencia dólar
O economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central disse que a componente eleitoral não está mais entre os fatores que transportaram o dólar à casa de R$ 4. – A eleição já foi precificada – argumenta o economista.
Para ele, a moeda americana está subindo por causa de três fatores: a aversão ao risco em todo o mundo, o grande volume de vencimentos de títulos cambiais e a decisão do BC de não rolar esses papéis, o que leva o mercado a pressionar a alta da taxa. Carlos Thadeu defende uma postura mais ousada da autoridade monetária.
– O Banco Central poderia estar usando munição mais pesada – diz o economista, em sua opinião, o BC poderia, por exemplo, aumentar de 75% para 100% a contrapartida em reais exigida dos bancos para seu capital em dólares, que até pouco tempo atrás era de 50%.
– Dosagens homeopáticas não funcionam – sentencia. Ainda assim, Carlos Thadeu crê na redução, para entre R$ 3,60 e R$ 3,70, da taxa de câmbio. O principal motivo para o recuo, a seu ver, é que hoje ela já subiu demais – e, em boa parte, por conta de especulação.