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E-comércio cresce e amadurece em 2008

O varejo eletrônico fecha 2008 com crescimento na casa de 30% sobre 2007 e faturamento nominal acumulado de R$ 8,2 bilhões. Os números ainda são preliminares, mas de acordo com a e-bit, agência especializada no setor e responsável pelo levantamento, o crescimento do e-commerce se manterá ao longo deste ano, a despeito da crise internacional. A agência projeta salto de 20% a 25% em 2009, com faturamento de pelo menos R$ 10 bilhões.

Segundo o balanço prévio da e-bit, em 2008 o tíquete médio do varejo online alcançou R$ 328, um salto de 9% sobre o valor médio do ano anterior, de R$ 302. O Natal foi o grande destaque do ano, ainda que o volume de transações do período tenha ficado abaixo das previsões iniciais. O tíquete médio das vendas natalinas foi de R$ 346 e a soma delas totalizou R$ 1,25 bilhão, ante previsão de R$ 1,35 bilhão.

O diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, considera que, apesar da crise, 2008 foi um bom ano para o setor. Nos Estados Unidos, compara, o comércio eletrônico cresceu 7%, ante previsão de 17%, conforme dados do eMarketer. O faturamento foi de US$ 136 bilhões . “Eles perderam 10 pontos percentuais sobre a previsão de crescimento. No Brasil, o recuo foi de cinco pontos.”

As primeiras “marolas” da crise atingiram o e-commerce brasileiro em outubro de 2008. O maior impacto foi no último trimestre, diz Guasti. Como acontece no varejo em geral, também para o e-commerce o segundo semestre é o que mais pesa a favor.

O executivo lembra que já havia um pouco de diminuição no crescimento do varejo eletrônico brasileiro, “por causa da própria maturidade do setor”, que chegou a crescer 76% em 2006, sobre um 2005 já aquecido (43%).

A e-bit divulgará em breve o balanço oficial de 2008, que deverá mostrar que o comércio eletrônico ganhou mais 4 milhões de consumidores, totalizando 13,2 milhões de internautas com pelo menos uma experiência de compra. As mulheres já são maioria.

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