Mídia removível mais disseminada, o disquete ainda é usado quando se quer transportar dados. Tem a seu favor o preço: a partir de R$ 6,50 uma caixa com dez unidades. “Em algumas regiões do Brasil, os computadores ainda são os mais antigos. Esses modelos não têm porta USB nem gravador de CD. Nesse caso, o disquete ainda é a mídia mais barata para o transporte de dados”, explica Jorge Gabriel, diretor-comercial da Imation.
Uma das grandes vantagens é sua compatibilidade universal. Estima-se que 95% dos computadores do mundo ainda tenham leitores de disquete. E não é necessário nenhum tipo de software especial para que seja reconhecido. Há, porém, desvantagens. Como se trata de uma mídia magnética, o disquete acaba sofrendo com a ação de agentes externos e tem sua durabilidade afetada. Outra desvantagem é a fragilidade: o cartucho de plástico que envolve o disco magnético não o protege contra impactos.
Além disso, os disquetes só atendem às necessidades de quem não está buscando muito espaço de armazenamento. Seus 1,44 MB servem, basicamente, para carregar textos e apresentações. Durante muito tempo, eles foram a mídia-padrão para armazenamento de dados: todos os computadores tinham um leitor compatível. Atualmente, porém, muitos equipamentos -principalmente os notebooks- já saem sem essa opção.
Um belo substituto para os disquetes são as pen drives – conhecidas ainda como memory keys ou USB flash memory. Do tamanho de um chaveiro, já há modelos capazes de armazenar até 4 GB de informações. São memórias do tipo flash (as mesmas usadas em celulares e em cartões de memória para câmeras digitais), mais resistentes que as mídias magnéticas e menos sujeitas a estragos provocados por impactos.
Além da alta capacidade de armazenamento, esses dispositivos têm dimensões mínimas e os preços estão cada vez mais atraentes. “O modelo mais vendido é o de 128 MB. Geralmente, a pessoa imagina que esse espaço é suficiente. Depois de um tempo, descobre que precisa de mais”, conta Gabriel.
Como o preço das pen drives ainda é alto (comparativamente ao preço de um disquete), seu uso é bastante pessoal. “Você não vai emprestar uma pen drive para um amigo e se esquecer dela. Já o disquete pode ser dado para alguém. Dependendo do volume de informação, o disquete ainda tem o melhor custo-benefício.” Gabriel acredita que a venda de disquetes ainda estará garantida nos próximos cinco anos.
Em alguns sistemas operacionais, as pen drives são reconhecidas automaticamente pelos computadores. Uma vez conectada à porta USB do micro, é incorporada como unidade de armazenamento. Se o sistema for antigo e não houver o reconhecimento imediato, um CD de instalação garante os softwares necessários. Isso acaba sendo uma desvantagem, já que além de carregar a pen drive, é necessário levar o CD para todo lugar.
Discos rígidos – Quem precisa de muito espaço vai acabar optando por um disco rígido. Há modelos externos que são bastante úteis: oferecem alta capacidade de armazenamento e já têm tamanhos tão diminutos, que carregá-los é cada vez mais simples. Sua desvantagem ainda é o preço alto, mas a praticidade compensa dependendo da aplicação.
Além, é claro, do tamanho: cada vez mais diminuto. Um dos modelos de 40 GB da Iomega é menor do que um maço de cigarros. “Esses dispositivos estão cada vez mais robustos e versáteis”, diz Hernán Moreno, gerente de Vendas e Marketing da Iomega para a América do Sul. “Dá para carregar o computador no bolso da camisa. São apenas 99 gramas”, destaca Moreno.
Vale ressaltar que esse dispositivo é bastante útil para o transporte de dados e backup, mas deve-se evitar seu uso contínuo para acesso às informações. “Como usa a porta USB para a transferência de dados, a velocidade é baixa e o trabalho torna-se lento”, diz Thomas Heimann, diretor de Produtos Digitais da Samsung.
Além disso, os discos rígidos internos estão se tornando muito sofisticados. Seja pela capacidade de armazenamento, seja pela velocidade de acesso aos dados ou pela tecnologia utilizada. “A tecnologia de compactação permite guardar cada vez mais informação no mesmo espaço físico”, explica Heimann. “Além disso, os discos rígidos têm, ainda, o menor custo por gigabyte.”
Roseli Andrion