Dinheiro público para exportação
O Brasil oficial vai fortalecer as exportações, mediante a destinação de R$ 1 bilhão para o apoio financeiro do esforço exportador, a fim de ganhar tempo e reganhar ocasiões perdidas no passado para se firmar como país exportador
É uma subvenção o que o governo está fazendo, para se manter no alto do mercado exportador, onde competimos em desigualdade de situação com os EUA, Japão e a União Européia. A importância destinada à subvenção não é significativa, é, mesmo, baixa para o padrão brasileiro atual.
O Brasil se cansou de lutar contra subvenções praticadas no agrobusiness, ao passo que os grandes Estados exportadores não se importavam com críticas às exportações subvencionadas. Já que essa é a regra, entremos nela, até que não seja possível sermos servidos e beneficiados pelos recursos internos.
Os EUA estão na dianteira das exportações, assim como a União Européia, pela variedade de itens de sua pauta exportadora. O Brasil ficou muito tempo tentando impor-se como exportador, sem ser considerado pelos grandes exportadores, à exemplo dos EUA. Agora chegou a nossa hora, pois temos organizada a agricultura, no centro geográfico nacional, e temos os recursos financeiros que nos faltavam e que agora nos sobram, para atender às nossas necessidades no enfrentamento aos grandes exportadores.
Não será fácil a luta do Brasil no exterior, pois nenhuma nação quer perder lugar conquistado e mantido durante anos contra esforços violentos dos exportadores mais bem qualificados. Para todas as nações chega a hora, desde que saibam bem organizar as lutas nos terrenos dos grandes negócios internacionais. Deve-se reconhecer que o trabalho do ministro Luiz Fernando Furlan foi notável, abrindo portas amplas para a saída das mercadorias que o mundo reclama. Foi com esse impulso que ganhamos lugar no conjunto de exportadores e agora estamos aptos a nos fortalecer ainda mais, para não mais sair desse lugar.
Fonte: Diário do Comércio