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Diminui o risco de investir no Brasil

A agência de classificação de risco Fitch elevou a perspectiva dos ratings do Brasil de estável para positiva, por sinais de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva possa garantir um caminho de sustentabilidade para a economia.

A reavaliação da Fitch ajudou os mercados brasileiros a ter um dia favorável, apesar de analistas considerarem que “é um movimento atrasado” diante do atual cenário do País. Eles acham que a iniciativa da Fitch pode ser seguida por decisões semelhantes de outras agências de risco.

Sucesso – Os ratings atribuídos pela Fitch à dívida em moeda estrangeira e local do Brasil continuam em “B”. Em comunicado, a Fitch Ratings destacou que a melhor perspectiva reflete “sinais de que o presidente Lula pode ter sucesso na construção de um consenso sobre as políticas econômicas” que levariam as finanças do país a um caminho sustentável.

“O desempenho da administração de Lula desde que tomou posse, em 1º de janeiro, tem dado sustentação à dívida soberana”, avaliou a agência, destacando que as políticas monetária e fiscal mantidas no País estão firmes e que o compromisso do novo governo com as reformas estruturais vem sendo reafirmado.

Reformas – A formalização do apoio do PMDB ao governo Lula no Congresso, no final de maio, também foi lembrada pela agência. O economista-chefe do ABN-Amro, Mário Mesquita, frisou que as reformas tributária e da Previdência “são bastante importantes na visão das agências para colocar a posição fiscal numa situação mais estável”.

Na visão de Mesquita, a Fitch “é mais agressiva em termos de mudar seu rating do que as outras agências” e pode estar liderando um movimento a ser seguido pela Standard & Poor's e pela Moody's Investors Service.

Para Octávio de Barros, economista-chefe do BBV Banco, a mudança na perspectiva do rating brasileiro por outras agências é plausível. “O compromisso do governo com as reformas saiu do plano da retórica”, disse.

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