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Crise de energia deixou seqüelas

Guarulhos, 20 de dezembro de 2002

O racionamento de energia condicionou o brasileiro a economizar e isto deixará marcas até 2008. É para quando o Comitê Coordenador da Expansão dos Sistemas Elétricos, órgão do Ministério de Minas e Energia, prevê que o consumidor voltará a gastar a mesma quantidade de energia que utilizava antes da redução obrigatória do consumo, em 2001.

Responsável pelas obras de geração elétrica, o Comitê diz que, nas regiões afetadas pelo racionamento (Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste), só em 2009 o consumo voltará ao patamar de dois anos atrás. O órgão avalia, também, que a redução do consumo afetará o ritmo das obras de geração.

Com 4,5% de crescimento do PIB, só em 2008 seria necessária a operação de novas usinas – excluindo as obras já em andamento. A obra de uma hidrelétrica leva até cinco anos. Por isso, em caso de crescimento moderado, as obras precisam se iniciar no próximo ano. Nesse caso, seriam necessários 35 mil novos MW, menos da metade da potência instalada no país (81 mil MW).