As crianças estão cheias de vontades próprias e já decidem o que – e onde – querem consumir. O mercado requer cuidados especiais, a começar pela oferta de uma loja que encante a criança e o adulto que a acompanha
A PBKids Brinquedos, por exemplo, criou um ambiente distinto para os produtos voltados aos bebês, acomodados na PBKids Baby, em implantação na rede de 39 lojas desde 2006. A mudança incluiu ampliação do mix de produtos e renderá crescimento de 10% a 20% no faturamento, estima o diretor Celso Pilnik.
Com o Dia das Crianças batendo às portas do comércio, não há tempo para se promover alterações acentuadas no ponto-de-venda. É possível, no entanto, pensar em alguns arranjos e orientações que contribuam para o bem-estar e conquista da fidelidade da clientela. Higiene, ambiente climatizado, simpatia e eficiência no atendimento, iluminação clara para torná-lo mais alegre, além de boa organização dos produtos, são alguns dos quesitos básicos.
“Uma loja infantil deve ser alegre, colorida; pode-se explorar formas, como um forro inusitado, simulando um quebra-cabeça”, comenta a arquiteta do escritório Fukuoka Arquitetura & Construção, especializado no varejo, Andréa Esperidião. O empresário precisa ver que a loja não é uma área de recreação, mas um espaço de compras.
Entre os cuidados obrigatórios figuram o piso não escorregadio; bicos de espelho fora de altura da cabeça dos pequenos; avisos sobre escadas rolantes e proteção nos espaços com dois andares, sugere.
Se a loja vende roupas, também é importante oferecer provador com espaço para o filho e a mãe. Contar com um banheiro adaptado para crianças (com bancada para a troca do bebê), além de bebedouro são recursos que agregam diferenciais à loja, acrescenta.
Parceria – a Kyly, confecção de Santa Catarina, consolidou muitas das soluções apontadas por especialistas no “Guia da Loja Infantil”, editado há quase dois anos e distribuído para os lojistas que compram as roupas da marca. A analista de mercado da Kyly, Sandra Wachholz, explica que as soluções foram implantadas na própria loja de fábrica, em Pomerode (SC), visitada por lojistas e consumidores finais.
“A loja é um espaço para o relacionamento com o cliente e um laboratório para nossos lançamentos”, afirma a executiva. Ali, a criança tem espaço para brincar, pintar, ser fotografada com a turminha da marca ou ver televisão. Os ambientes são atrativos e a fidelidade também é estimulada pelo Clubinho Kyly. “O cadastramento pode ser feito no site da empresa, ( http://www.kyly.com.br )”, afirma Sandra. Hoje, há 85 mil crianças cadastradas que recebem promoções e uma revista trimestral, que investe em temas de cunho social, como a defesa do meio ambiente.