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Crédito de R$ 2,1 bi com juro de até 2% para micros

Guarulhos, 27 de junho de 2003

arteAs micros e pequenas empresas poderão tomar dinheiro emprestado com maior facilidade e a juros menores. Além do “pacote de microcrédito” para o consumidor, anunciado pelo governo, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) anunciou que vai emprestar até R$ 1 mil para microempresas a juros de 2% ao mês. Já o Banco do Brasil oferecerá crédito de até R$ 5 mil a juros de 2,49% ao mês para as empresas com faturamento anual abaixo de R$ 500 mil.

Só o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) liberou R$ 1,3 bilhão para o programa. Do total, o BB contará com R$ 800 milhões, a Caixa Econômica Federal com R$ 300 milhões e o restante será destinado a uma linha para compra de material de construção para a população de baixa renda. O BNDES informou que possui R$ 1 bilhão do orçamento do ano reservado para operações de microcrédito.

A juros mais baixos

Para empresas com faturamento até R$ 5 milhões, o Banco do Brasil disponibilizará empréstimos entre R$ 2 mil e R$ 100 mil com custo mensal de até 3,03% ao mês. Antes da mudança, o limite máximo era de R$ 50 mil e os juros médios ficavam em torno de 3,49% ao mês.

De acordo com o vice-presidente da diretoria de varejo do BB, Edson Monteiro, a redução da taxa para 3,03% começará a valer a partir da próxima semana. Já a linha que cobrará 2,49% deve demorar ainda cerca de um mês para estar disponível nas agências.

“A linha BB Giro Rápido (que cobrará 3,03%) já existe, então é só reduzir a taxa. Já a linha do BB Giro Automático (2,49%) vai precisar de uns 30 dias para ser operacionalizada”, explicou o executivo.

O tamanho da economia

Como o DCI havia antecipado, o Banco do Brasil reformulou suas linhas de crédito de capital de giro para baratear o custo e atender à demanda do governo, de que os bancos públicos emprestassem a juros menores de maneira a forçar a concorrência no sistema financeiro, promovendo o corte de juros nos bancos privados.

No esforço feito, o BB conseguiu reduzir em cerca de 1 ponto percentual ao mês a taxa cobrada nos empréstimos para giro, o que significa cerca de 12,08% ao ano de economia.

O banco antes cobrava TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), em 12% ao ano, mais 2,49% fixos mensais nessas operações. Com a reformatação, o BB conseguiu diminuir o custo da operação ?retirando? o indexador (TJLP).

Para conseguir isso, a participação dos recursos do FAT nos financiamentos passará dos atuais 50% para 70%, reduzindo a parcela de recursos próprios utilizada pelo banco.

Além da redução nos juros para capital de giro, o BB informou que até agosto pretende ter 30 mil empresas cadastradas para tomar crédito de até R$ 50 mil para investimento por meio do cartão do BNDES.

Nessa operação, os recursos devem ser usados para compra de máquinas e equipamentos. O prazo máximo de financiamento é de 12 meses e os juros de 1,96% ao mês. O Bradesco também oferece a linha nas mesmas condições.

O Banco do Brasil fez questão de deixar claro que as operações de empréstimo para empresas não farão parte do Banco Popular do Brasil, subsidiária criada ontem, que fará microempréstimos para a população de baixa renda.

As micros e pequenas empresas foram beneficiadas com cerca de R$ 2,1 bilhões em crédito a juros baixos dentro do pacote anunciado pelo governo. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) informou que vai emprestar até R$ 1 mil para microempresas a juros de 2% ao mês. Já o Banco do Brasil oferecerá crédito de até R$ 5 mil a juros de 2,49% ao mês.

Só o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) liberou R$ 1,1 bilhão para as empresas. O BNDES informou que tem R$ 1 bilhão do orçamento reservado somente para microcrédito.

Carolina Jardon/Fernando Torres Carolida Jardon/Fernando Torres