Notícias

Coréia quer estreitar comércio com o Brasil

Guarulhos, 03 de fevereiro de 2003

O Brasil pretende intensificar o comércio bi-lateral com a Coréia e por isso uma missão empresarial brasileira embarca para o país oriental em fevereiro. O foco principal da missão está voltado para os segmentos de tecnologia da informação, eletroeletrônica, máquinas e peças para maquinário. De janeiro a julho de 2002, a Coréia exportou para o Brasil o equivalente a US$ 655,3 milhões, uma alta de 17,6% em relação ao mesmo período de 2001. Já as importações da Coréia caíram 32,4% no mesmo período.

Seung-Hwan Do, vice diretor da Câmara de Comércio Coreana no Brasil – Korea Trade Center (Kotra), diz que a missão é formada por pequenas, médias e grandes empresas interessadas em oportunidades de negócios com empreendedores coreanos de médio porte. “A Coréia tem uma política de preços, em média, 30% menor que a do mercado norte-americano. Daí o crescente interesse do empresário brasileiro em estreitar laços conosco”, afirma Do.

A missão interessa tanto para empresários brasileiros que possuem produtos com perfil competitivo para oferecer às empresas coreanas quanto para aqueles que procuram componentes de ponta para usar em equipamentos eletroeletrônicos.

Do diz que as missões empresariais que a Kotra está organizando trazem uma oportunidade de duas pontas para a indústria brasileira de bens de capital e de software. De um lado, o Brasil consegue mais independência em relação aos fornecedores tradicionais, como Estados Unidos, Japão e Europa, e ao mesmo tempo encontra potenciais compradores para os produtos nacionais. “Hoje, a exportação brasileira para a Coréia ainda é predominantemente composta por aço, commodities minerais, couro e produtos agrícolas. Mas há espaço para absorver produtos com maior nível de valor agregado e até de propriedade intelectual”, completa o vice-diretor da Kotra.

As inscrições para esta missão empresarial já estão encerradas, mas em breve missões coreanas virão ao Brasil.

Adriana Monteiro