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Copa do Mundo estimula mercado de R$ 28,8 bilhões

Guarulhos, 13 de junho de 2002

arteA Copa do Mundo deve agitar as vendas das lojas de materiais esportivos do País. O setor pretende crescer 15% este ano, segundo o presidente da Associação Brasileira das Lojas de Materiais Esportivos (Abraleme), Renê Djekeim. “No ano passado, o setor faturou R$ 28,8 bilhões na venda de tudo que se refere a produtos esportivos”, diz Djekeim. Só em São Paulo as lojas de materiais esportivos faturaram R$ 9 bilhões em 2001. Atualmente existem 6 mil lojas no País e 250 em São Paulo, segundo a Abraleme.

Se a previsão de crescimento de 15% se confirmar, o setor deverá movimentar R$ 33,1 bilhões este ano. Diante de um mercado tão expressivo, a expectativa das lojas paulistas não poderia ser diferente. A Roxos e Doentes, que possui 11 lojas em São Paulo, uma em Porto Alegre e outra em Belo Horizonte, espera aumentar as vendas em 10% este ano. “O aumento será maior se o Brasil ganhar a Copa”, diz o sócio-proprietário Eduardo Rosenberg. Segundo ele, só neste primeiro semestre as vendas saltaram 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

A loja, que é especializada em futebol, aumentou em 25% o quadro de funcionários – que era de 42 empregados – para atender a grande procura gerada pela Copa. Para atrair o torcedor, a Roxos e Fanáticos oferece desde a camisa oficial da seleção (item mais procurado, que sai por R$ 119 na loja) a bandeiras e camisas das outras seleções participantes.

A inovação também é uma arma que vem sendo utilizada pela Bayard, que tem 8 lojas em São Paulo. A loja foi escolhida pela Nike, para montar um templo do futebol, baseado da campanha Scorpion K.O., em que 24 jogadores de todo o mundo disputam uma partida em um navio. Além disso, as lojas foram equipadas com cerca de 700 itens para a Copa, de várias seleções participantes. “Isso garantiu um crescimento de 500% nas vendas de artigos de futebol neste semestre em relação ao mesmo período do ano passado”, diz o gerente de marketing Gilson da Anunciação, que preferiu não estimar o resultado do ano, pois segundo ele, estará atrelado ao desempenho da seleção.

A Copa do mundo também está sendo uma das apostas da Centauro, que possui 50 lojas no País – sendo 6 em São Paulo, para faturar R$ 170 milhões . Em 2001 a receita da empresa foi de R$ 120 milhões “Investimos R$ 400 em campanhas promocionais e com isso prevemos uma receita mensal de R$ 170 durante o período, 30% maior em relação ao mesmo período de 2001”, ressalta o proprietário do Grupo GM que detém a marca, Sebastião Bomfim Filho.

A Esportiva é outra que está otimista. De acordo com Silvio Luis Duarte, proprietário dessa rede de 11 lojas, a expectativa é de crescer 15% em relação a 2001. “Por causa da Copa do Mundo, essa meta já foi alcançada”, ressalta o empresário. A rede trabalha com cerca de 8 mil itens, sendo mais de 100 produtos alusivos à Copa, inclusive a camisa oficial da seleção, que está custando R$ 195 a unidade.

Daniela Nogueira