ACE-Guarulhos

Consumidor paulista exige mais de sua marca preferida

Na hora de comprar, o consumidor paulista não se preocupa apenas com preços e sim com a marca. Esta foi uma das conclusões da pesquisa realizada pelo Instituto ACNielsen, com mais de 400 consumidores, do estado paulista de todas as classes sociais, de 160 categorias diferentes de produtos comercializados em supermercados. O estudo faz parte de uma análise feita pela consultoria em seis estados do País.

De acordo com o diretor executivo de atendimento ao varejo da ACNielsen, João Carlos Lazzarini, os consumidores paulistas são mais exigentes em comparação aos outros estados brasileiros em relação a características das categorias de produtos. “Na média nacional, o consumidor se preocupa mais com marcas de bebidas alcoólicas e não-alcoólicas, enquanto em São Paulo, isso se estende a produtos de higiene pessoal, pães, bolos e biscoitos, itens que não são encarados da mesma forma no restante do Brasil “, comenta o executivo.

Além da marca, a pesquisa analisou itens como a qualidade e preço. Em relação a qualidade, tanto o consumidor paulista como o de outros estados levam mais esse fator em consideração na hora de escolher produtos como carnes e frangos, frutas e verduras. Em relação a preço, o consumidor paulista considera mais esse fator na hora de comprar alimentos de gênero básico, como o arroz, o feijão e os artigos de limpeza.

Para Lazzarini, a exigência do consumidor paulista reflete o setor supermercadista do estado, que possui a maior concentração de lojas no País. Das 29.603 lojas de supermercados existentes no País, 25,7% estão localizadas em São Paulo, que também responde por 40% do faturamento do setor, que no total foi de R$ 66,2 bilhões em 2001. “Essas informações contribuem para a definição do perfil do consumidor”, comenta o presidente da Associação Paulista de Supermercados, Omar Assaf.

A pesquisa também calculou a receita por loja, e neste aspecto o estado também está na frente. A média nacional é de R$ 2,23 milhões, e no estado esse valor alcança R$ 3,48 milhões. O estado também conta com lojas maiores, em relação à média nacional, segundo a pesquisa.

Em 2001 esta média era de 390 m² no Brasil, enquanto a média no País é de 390 m². Em São Paulo, o tamanho médio é de 476 m². Por este motivo o volume de vendas nos hipermercados também cresceu. Enquanto o Brasil teve uma evolução de 5,4% entre 2001 e 1999, São Paulo cresceu 11% no mesmo período.

O valor de vendas também foi maior em relação ao restante do País, que registrou um crescimento de 10,1%. O estado teve um aumento de 19,7% neste período. Em relação ao número de check outs São Paulo também está na frente. O estado respondeu por 30% dos check outs realizados pelos supermercados brasileiros, que foi de 116 mil no ano passado. A medida da área de venda dos supermercados paulistas também é superior e responde por 31,4% do setor, que em 2001 contava com 11 milhões de metros quadrados de área.

Sobre geração de empregos, a pesquisa revela que São Paulo também é líder como empregador nos supermercados, detendo 30% dos empregos no setor nacional, que em 2001 acumulava 568 mil vagas.

Daniela Nogueira

Sair da versão mobile