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Consumidor deve evitar empréstimos

Guarulhos, 26 de fevereiro de 2003

O consumidor que pretende contratar uma linha de crédito precisa estar atento às taxas de juros que cada banco ou financeira cobra. As taxas variam bastante entre as diversas opções do mercado. A nova alta da Selic, a taxa básica de juros da economia, de 25,5% para 26,5% ao ano e o aumento alíquota para os depósitos à vista, que passou de 45% para 60%, devem provocar o aumento das taxas de juros no crédito ao consumidor. Por isso, especialistas em defesa do consumidor recomendam as compras à vista. Empréstimos apenas em casos de emergência.

O técnico em assuntos financeiros Fundação Procon-SP – órgão de defesa do consumidor vinculado ao governo estadual -, Alexandre Costa Oliveira, destaca que as linhas de crédito devem ser evitadas e podem significar um prejuízo financeiro futuro. “O consumidor pode estar assumindo uma dívida da qual pode demorar um tempo para se livrar, devido aos juros altos das linhas de crédito disponíveis no mercado. Por isso, deve estar atento ao seu orçamento doméstico e a sua capacidade de pagamento.”, avalia. Ele aconselha o consumidor a dar preferência para compras à vista.

Porém, se não tiver outra saída, o técnico do Procon-SP orienta o consumidor a pesquisar cuidadosamente as taxas de juros oferecidas pelos diferentes produtos no mercado e escolher a linha de crédito que melhor se encaixe ao seu orçamento.

De acordo com a advogada da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci, as taxas de juros oscilam muito entre as instituições financeiras do mercado e, por isso, o consumidor deve ficar atento na hora de contratar um empréstimo. “Para evitar juros mais altos, o consumidor deve realizar uma pesquisa entre as opções de linha de crédito do mercado e dos juros de cada uma”, alerta.

Cartão de crédito e cheque especial têm juros altos

O consumidor deve evitar linhas de crédito como cartão de crédito e cheque especial. “Os juros destas linhas de crédito são muitos altos”, avisa o técnico Procon-SP. O problema do cartão de crédito é a rolagem da dívida, onde o consumidor paga apenas o mínimo necessário em cada mês e o valor da dívida vai aumentando com os juros rotativos. “O consumidor deve pagar a fatura integralmente, na data do vencimento. Não pode deixar acumular a dívida do cartão de crédito, pois pode sofrer grandes prejuízos financeiros com os juros altos”, afirma Alexandre Oliveira..

O cheque especial é um limite de crédito dado pelo banco a seus correntistas com boa classificação em análises de risco. A advogada da Pro Teste alerta que, antes de usar essa linha de crédito, o correntista deve avaliar com cuidado se esse dinheiro é, de fato, necessário. “O juro do cheque especial costuma ser caro e mais elevado que as linhas de empréstimo pessoal. Para quem usa com freqüência essa linha de crédito, o melhor a fazer é trocá-la por um empréstimo pessoal que oferece juros mais baixos”, avisa.

Maria Inês afirma que o cheque especial é uma armadilha para o correntista. “Esta linha de crédito é uma cilada, pois o banco coloca à disposição na conta do cliente e cobra juros muito altos”, explica. A advogada da Pro Teste comenta que o consumidor que recorre ao cheque especial já está endividado e acaba estourando seu orçamento. “Os juros do cheque especial desequilibram as finanças de vez”, afirma.

De acordo com a pesquisa mensal do Procon-SP entre 14 bancos da Grande São Paulo, a taxa mensal de juros praticada no mês de fevereiro no cheque especial é, na média, de 9,13%. Já as taxas de empréstimo pessoal são, em média, de 5,98% ao mês. Já os juros rotativos do cartão de crédito estão, em média, 9,97% ao mês, de acordo com a pesquisa mensal realizada pela Agência Estado no dia 10 de fevereiro. Os juros do cartão de crédito por atraso estão, em média, por 10,73% ao mês.

Caio Prates




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Consumidor deve evitar empréstimos

Guarulhos, 16 de outubro de 2002

Juros é a palavra-chave para quem pretende financiar uma compra ou pedir um empréstimo. O consumidor deve fazer uma boa pesquisa entre as diversas opções de planos de financiamento e empréstimos, para não perder dinheiro com juros muito altos.

Na hora de realizar uma compra, o consumidor deve preferir sempre o pagamento à vista. Comprar a prazo somente é bom negócio quando o juro cobrado é menor do que o consumidor pode obter em alguma aplicação financeira. Ou quando, para comprar à vista, o consumidor é obrigado a mexer em aplicação financeira e perder rendimento maior.

Em regra geral, os juros do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) são muito altos. Uma opção é tomar dinheiro em linhas mais baratas, especialmente o empréstimo pessoal. O consumidor deve fazer pesquisa de taxas de juros. E lembrar que um financiamento mal planejado pode virar uma dívida grande, por conta dos juros e multas, em caso de atraso, além de deixar o consumidor com o nome sujo no mercado.