A Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) estima que o desempenho do setor na Grande São Paulo encerre o ano com queda no faturamento em torno de 1% na comparação com 2002. De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), o desempenho do ano será quase um empate em relação ao ano passado, quando o setor apontou alta de 5,11% em relação ao 2001.
Para 2004, no entanto, a Fecomercio estima que o setor possa crescer cerca de 3%. “Vemos uma melhora a partir do segundo trimestre. Os primeiros três meses do ano que vem vão continuar ruins”, disse Abram Szajman, presidente da Fecomercio. Para ele, uma melhora mais significativa do setor requer sobretudo a recomposição da renda do consumidor.
O presidente acrescentou que a queda do faturamento prevista para 2003 reflete o cenário visto ao longo do ano com desemprego alto, fraco poder de compra e redução do crédito. De acordo com ele, apesar do primeiro semestre do ano ter sido bastante ruim com os juros elevados, que comprometeram todo o período, os mercados mostram um pouco mais de otimismo para o fim do ano. “Diante desse otimismo, podemos prever um cenário menos pessimista em 2004”, disse.
A Federação estima, no entanto, que as vendas de Natal podem ser um pouco melhores e o cenário positivo de expansão de crédito e perspectiva de melhora de renda pode incentivar as vendas de duráveis e semiduráveis.
Segundo a Federação, a expectativa do resultado das vendas de duráveis deve cair 5%, de semiduráveis, queda de 10%, não duráveis, estável e comércio automotivo e materiais de construção devem crescer, cada um, 2%.