Comércio estima elevação nas vendas
O comércio espera faturar neste Dia da Criança entre 2% e 3% a mais do que na mesma data do ano passado. Apesar de pouco ambicioso, porque em outubro de 2001 a economia sofria os efeitos do racionamento de energia elétrica e dos ataques de 11 de setembro, se esse desempenho for atingido as lojas se darão por satisfeitas.
Num ambiente de incertezas como o atual, o consumidor está cauteloso e provavelmente deverá voltar com mais ímpeto às compras em novembro, após o segundo turno das eleições presidenciais, dizem os comerciantes. Além disso, o Dia da Criança é para a indústria e o comércio um indicador de como serão as vendas do Natal.
Números da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostram que, na primeira semana deste mês, as consultas para vendas à vista estão 3,2% acima das registradas nos mesmo dias de 2001. Nos negócios a prazo, o acréscimo no volume de consultas foi de 4,6% em igual período. “As vendas do comércio neste mês deverão ter um acréscimo entre 2% e 3% na comparação com outubro de 2001. Não deverá passar disso”, prevê o presidente da ACSP, Alencar Burti.
De toda a forma, ele ressalta que, pelos dados registrados neste início de mês, há indícios de que o consumidor estaria mais disposto a comprar a prazo, após quitar as pendências com o dinheiro extra do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) recebido por conta das diferenças dos planos de estabilização.
O presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Paulo Stewart, considera que um crescimento real de vendas 2% a 3% em relação a outubro de 2001 factível. Ele diz que a indústria de brinquedos foi ágil para ampliar a produção de itens de menor valor.