Coleta seletiva: o primeiro passo

A palavra de ordem atual é preservação. Desde uma grande corporação até o cidadão comum, o desejo é um só: alinhar-se a processos sustentáveis e mediante processos e certificações complicadíssimos, além de revoluções comportamentais que, na maioria das vezes, são impraticáveis.

Muitos acreditam que não podem interferir diretamente no processo de preservação ambiental, ou que este problema está muito longe de suas realidades.  Observamos que isso começa a mudar quando conhecemos toda a cadeia de preservação e sustentabilidade constatando que o primeiro passo que pode ser dado está mais próximo do que imaginam,  já que estes atores estão em contato diariamente com o processo de geração e descarte de resíduos, seja em suas residências ou em suas empresas. 
 
Com esta constatação podemos entender a importância do processo de coleta seletiva em nosso cotidiano e como ela pode interferir diretamente em todo o processo de preservação ambiental, trazendo todos para participar do processo diretamente. Exemplo disso é o da caixinha de leite “Tetra Pack” que é consumida diariamente em residências e empresas. Quando é empregado, o processo de coleta seletiva nesse material podemos ver nitidamente como ele age positivamente no ciclo de preservação ambiental e de recursos naturais.
 
Quando utilizamos esta embalagem e não a descartamos junto com o lixo orgânico, ao encaminharmos para o processo de coleta seletiva, que possibilita a sua reciclagem, iniciamos o processo de preservação ambiental. Este material foi impedido de ser descartado em um lixão, cujo contato direto com o meio ambiente possibilitaria uma eventual contaminação do solo e lençóis freáticos quando da sua decomposição, cenário comum na maioria das cidades do nosso país.
 
A caixa usada poderia ser encaminhada ao aterro sanitário, neste caso, sendo tratada corretamente, mas, ainda, ocupando espaço e contribuindo para a diminuição de sua vida útil. Esta destinação não daria oportunidade para que este material sofra o processo de reciclagem que, no caso específico deste cartonado, originaria três matérias primas: o papel, o alumínio e a resina plástica; materiais que poderiam ser utilizados na confecção de cadernos, vassouras, telhas, brindes etc.
 
Como resultado deste processo, nós podemos destacar a geração de renda e a não contaminação direta do meio ambiente, o que acaba evitando o processo de devastação dos recursos naturais, como o corte de árvores, o consumo desenfreado do petróleo e a exploração de minérios, como a bauxita que origina o alumínio.
 
No processo de reciclagem, economizam-se energia e outros insumos que hoje são desperdiçados quando descartamos de forma errada o lixo.

Assim, dando este primeiro passo, alinhado à cultura dos 3R – Reduzir, Reutilizar e Reciclar – poderemos entender que uma simples mudança de hábito pode iniciar um processo de sustentabilidade e preservação ambiental que é essencial para o planeta e as futuras gerações.