O governo deu o sinal verde para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social possa dar continuidade ao programa de venda de 50 bilhões de ações do Banco do Brasil.
A autorização, dada pelo Conselho Nacional de Desestatização (CND), foi publicada nesta quinta-feira (10) no Diário Oficial da União e confirma a possibilidade do uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela população para comprar as ações do Banco do Brasil, a exemplo do que já foi feito com a Petrobras e a Companhia Vale do Rio Doce. Além do FGTS, no caso do BB, também será permitida a aplicação de créditos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS).
Segundo técnicos do governo, o BNDES deverá anunciar o cronograma da oferta pública das ações antes do segundo turno das eleições, mas a venda ficará para ser feita depois, provavelmente no mês de novembro.
Conforme já foi anunciado pelo governo, o uso do dinheiro do FGTS está limitado a R$ 500 milhões, sendo que cada trabalhador poderá aplicar até 50% do saldo da conta, num valor mínimo de R$ 300. O limite máximo por investidor será de R$ 100 mil.
Além disso, o trabalhador que optar pelos recursos do FGTS não terá direito a desconto no preço das ações, como ocorreu com a Vale do Rio Doce e a Petrobras. Quem comprar à vista e em dinheiro terá um desconto de 5% e terá que ficar com ações por 180 dias.
Com essa operação, o BB vai atingir o percentual de 25% de ações em poder de investidores, o que é uma exigência das regras do Novo Mercado da Bovespa. Atualmente, o banco tem apenas 7,3% de suas ações em poder do mercado.
Geralda Doca
