A Caixa Econômica Federal ampliou em 41% os empréstimos para as micro e pequenas empresas em 2002. Para este ano, com a disposição do novo Governo em impulsionar os pequenos negócios, a meta do banco é aumentar a carteira em mais 84%, passando da casa dos R$ 3,3 bilhões para perto de R$ 6 bilhões em operações de crédito no setor em todo o Brasil, dos quais 23% ou R$ 1,42 bilhão serão destinados a empresas paulistas.
As informações são do superintendente de negócios da Caixa em São Paulo, Augusto Bandeira Vargas. Apesar do cenário de alta dos juros e forte aperto no crédito, que dificultou a vida de grandes e pequenas companhias em todo o país no ano passado, ele garante que o banco destinou a maior fatia dos financiamentos a empresas com faturamento abaixo de R$ 5 milhões/ano, com destaque para capital de giro. “Nessas transações operamos com taxas entre TR mais 2% e TR mais 4% ao mês, com prazos entre um e 24 meses”, explica. Nos empréstimos com recursos do BNDES, Finame e FAT para o programa de Geração de Emprego e Renda (Proger), a Caixa aplicou, em 2002, R$ 632 milhões, com valor médio de R$ 8 mil por operação.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil também diz que vai ter mais recursos para os pequenos este ano. A meta é colocar à disposição do setor R$ 4,5 bilhões para empréstimos de capital de giro (BB Giro Rápido). O foco são as 600 mil empresas clientes do BB cujo faturamento bruto não ultrapassa R$ 3 milhões/ano. No ano passado, o BB emprestou R$ 3,7 bilhões para operações na linha BB Giro Rápido, 37% a mais que em 2001.
Nos financiamentos do Proger Urbano, a meta em 2003 é atingir R$ 700 milhões em financiamentos para a implantação ou reforma de pequenos negócios, além da aquisição de bens. Esse valor é 16,6% maior que o liberado em 2002. Somando todas as operações de capital de giro, desconto de cheques, de títulos, Conta Garantida BB, BB Giro, Cheque Ouro Empresarial, Antecipação de Crédito a Lojista e as linhas de crédito para investimentos (Proger Urbano, Finame, BNDES), o total de crédito liberado pelo BB para micro e pequenas empresas, em 2002, foi de R$ 5,8 bilhões, 26% a mais que no ano anterior.
Sandra Motta