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Carteira determina risco do fundo

Quem pensa em investir num fundo de ações deve tomar cuidado. Antes de tudo, é preciso saber que nem todos eles são iguais: existem os que têm mais ou menos risco. A composição da carteira e o perfil do fundo têm influência direta sobre sua rentabilidade.

Nem todos os fundos de ações aplicam 100% dos recursos em papéis de empresas. Eles também podem aplicar em títulos públicos. Mas para se enquadrar na categoria renda variável, devem investir até 51% em ações diz Fernando Barroso, analista.

Aplicações ligadas a índice têm risco menor

Ao investir também em renda fixa, o gestor busca proteger o investidor, pois quando a bolsa enfrenta perdas, a diversificação de ativos pode garantir a rentabilidade do investimento. Mas isso significa que o comportamento dos títulos do governo também afeta a rentabilidade dos fundos que não investem 100% da carteira em ações.

Existem dois tipos básicos de fundos de ações: os passivos e os ativos. Os primeiros têm por objetivo espelhar o comportamento de um determinado índice, que será usado como seu referencial de rentabilidade.

Entre os referenciais, estão o Ibovespa (índice da bolsa paulista que reúne as ações mais negociadas, como as do setor de telecomunicações), o IBX (ações de empresas mais conservadoras, como bancos, que oscilam menos) e o IGC (índice de governança corporativa, composto de ações de empresas que dão prioridade ao bom relacionamento com os acionistas minoritários).

Apesar de serem índices de bolsa, eles têm rentabilidade bem diferente. Nos últimos 12 meses, o Ibovespa desvalorizou-se em 3,54% e o IBX e o IGC renderam 8,89% e 13,84%, respectivamente, de acordo com dados do site Fortuna.

Os fundos passivos em Ibovespa, por exemplo, devem replicar as oscilações do índice da bolsa paulista, sejam elas para cima ou para baixo. Para isso, formam uma carteira idêntica à da bolsa.

Como objetivo é acompanhar o índice, eles não oferecem grandes riscos, sendo mais indicados para investidores conservadores. Aqui, o risco maior é o da bolsa cair explica Fábio Cardoso.

Estratégia do gestor deve constar no regulamento

Já os fundos ativos têm como meta obter uma rentabilidade superior à do seu referencial. Para isso, os gestores selecionam os papéis, não precisando, necessariamente, seguir a composição do seu benchmark. Eles também utilizam estratégias mais agressivas, como aplicações no mercado futuro de ações.

A maneira como o gestor buscará esse excedente de rentabilidade varia de fundo para fundo, mas deve constar no regulamento da aplicação diz Fernando Buarque, analista. Segundo ele, como esse fundo expõe o aplicador a riscos mais elevados em nome de uma rentabilidade maior, só é recomendado para perfis de moderado a agressivo.

Fábio Cardoso lembra que, tão importante quanto a carteira do fundo, é saber que investimentos em ações, sejam eles via fundos ou compra direta de papéis, são estratégias de longo prazo.

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