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Cartas atrasadas: é a greve do Correio

Em menos de 24 horas, a greve dos trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) estendeu-se por 22 Estados, provocando atrasos na entrega de correspondências em todo o País. De acordo com um levantamento feito pela ECT, 20.501 pessoas – ou 20,91% – dos 98 mil funcionários aderiram à paralisação que teve início à zero hora de quinta-feira, 11. A maior parte dos grevistas trabalha nas áreas de tratamento (triagem) e distribuição (carteiros).

Segundo um dos diretores da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), João Baptista Manentti, no entanto, a greve atingiu entre 80% e 90% da categoria.

Os funcionários da empresa reivindicam reajuste salarial de 69,28%, aumento do piso para R$ 1.500,00, tíquete-refeição de R$ 12,00 e paridade salarial entre carteiros e técnicos operacionais. Hoje, um carteiro recebe R$ 395,00, enquanto um técnico operacional ganha R$ 860,00. De acordo com o sindicato, o piso da categoria era equivalente a cinco salários mínimos na década de 80. Atualmente, corresponde a um salário mínimo e meio. A direção dos Correios ofereceu 4% de reajuste, mas a proposta foi recusada.

No fim da tarde de quinta-feira, 11, representantes do sindicato e da empresa reuniram-se em Brasília com o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, para tentar chegar a um acordo.

Em São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios promoveu uma assembléia às 15 horas no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os cerca de 1.500 funcionários reunidos no local decidiram continuar a greve e fizeram uma passeata até a Praça Ramos, no centro da capital.

A Assessoria de Imprensa da ECT informou que a greve atingiu 21% dos 17.500 funcionários dos Correios que trabalham na Grande São Paulo e na Baixada Santista.

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