O leão pode ter um peso ainda maior no custo das empresas, este ano. Não há estudos oficiais, mas estimativas do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) dão conta de que a carga tributária poderá alcançar a casa dos 37% do Produto Interno Bruto (PIB), ante os 36,45% registrados em 2002. Os indícios são muitos.
Em 2002, houve aumento de alíquotas de impostos como ICMS para alguns serviços em estados como Paraná e Rio de Janeiro, criação de uma nova contribuição, a Cide, embutida no preço dos combustíveis, e a fixação de piso de 2% para o ISS, em todo o Brasil. Tudo isso vai refletir em 2003. Há, ainda, o fato de que o governo vem obtendo sucesso em seu esforço para aumentar a arrecadação, coibindo a sonegação e facilitando o pagamento de dívidas com a União. “Para 2003, estimamos que a carga tributária sobre o PIB poderá chegar a 37%, mas ainda não podemos dizer se esse aumento vai também se refletir na carga tributária média das empresas do país, que vem se mantendo em 33,05% sobre o faturamento, desde 2001', diz o advogado tributarista Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT.
