Notícias

Captações devem reduzir juros cobrados por bancos

Guarulhos, 15 de janeiro de 2003

A tendência é de queda nas taxas cobradas pelos bancos em empréstimos para pessoas físicas e jurídicas. A avaliação é do economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira das Associações dos Bancos), Roberto Troster.

“O cenário econômico melhorou, o que deve colaborar com a queda do spread bancário (diferença entre a taxa de captação dos bancos e o valor cobrado dos clientes)”, disse o economista.

De acordo com ele, o fato de os bancos estarem conseguindo captar dinheiro no exterior, alguns deles com taxas menores do que em operações realizadas no ano passado, também deve colaborar, pelo menos indiretamente, com a redução do spread no mercado interno.

Há também uma forte demanda por papéis de bancos brasileiros no exterior. As captações feitas por bancos no início deste ano já somavam US$ 925 milhões.

O aumento das linhas externas ao país é fator determinante para a queda dos juros, segundo Troster. Ele destacou que por causa das incertezas geradas durante as eleições, houve redução nas linhas externas. Segundo ele, as linhas caíram de US$ 140 bilhões, ao final de 2001, para US$ 123 bilhões em junho do ano passado.

Com a melhora no cenário e a redução das incertezas, as linhas começam a voltar para o Brasil, aumentando a oferta de dólares na economia e colaborando com a redução da moeda, abrindo espaço para redução do spread bancário.

Ivone Portes