Caixa e Banco do Brasil ampliam apoio a MPEs
Na linha de financiamentos, a meta do Banco do Brasil para 2003 é atingir R$ 700 milhões em financiamentos para implantação ou reforma de empreendimentos, além da aquisição de bens. Esse valor é 16,6% superior ao liberado no ano passado (R$ 600 milhões).
Ainda para o ano que começa, a Caixa diz que vai dar atenção às cadeias de produção, como aconteceu no ano passado com o setor têxtil. Através de convênios com determinados setores, o banco vai oferecer seus produtos e serviços aos setores de Couro e Calçados, Construção Civil, Saúde e Educação.
Em 2002, a Caixa emprestou R$ 3,8 bilhões para pequenos empreendedores, o que representa 41% a mais do que foi emprestado para o setor em 2001. Desse montante, cerca de R$ 3,3 bilhões (87%) foram destinados a capital de giro e outros R$ 482 milhões foram utilizados como investimento. As linhas de crédito do banco podem ser usadas para capital de giro, antecipação de receitas de venda a prazo e investimentos.
O Banco do Brasil destinou aos micro, pequenos e médios empresários, em 2002, quase o mesmo valor que a Caixa, R$ 3,7 bilhões.
O crescimento do crédito para micro e pequenas empresas reflete a importância do setor para a economia. Esse segmento representa 54% do total de empresas no Brasil, sendo responsável por 26% do Produto Interno Bruto (PIB), por 60% dos empregos gerados no país e por 42% da massa salarial.
“A Caixa vem se firmando como agente de crédito para esse segmento e deverá contribuir ainda mais esse ano para a geração de emprego e renda, fortalecendo a pequena empresa através do acesso ao crédito e da capacitação dos empresários”, diz o Superintendente de Segmento e Distribuição da CEF, Mário Ferreira Neto.
O novo presidente do Banco do Brasil diz que o apoio aos pequenos empresários faz parte da política do novo governo e é, também, uma necessidade do mercado. Durante a posse, no último dia 20, Casseb falou também que apóia a venda de ações do BB, que foi suspensa pelo governo anterior devido às condições do mercado. “A operação tem todas as condições de ser proposta novamente no futuro.”
Adriana Monteiro
