ACE-Guarulhos

Brasil pode ficar sem carro importado

O futuro do negócio de importação de veículos está ameaçado no País, assim como a principal associação nacional que representa o segmento, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva).

A afirmação foi feita pelo próprio presidente da entidade, André Carioba, que colocou a excessiva alta do dólar como um obstáculo praticamente intransponível para os carros importados. De acordo com ele, a declaração contundente tem como objetivo sensibilizar o governo federal para a gravidade da situação do segmento, que enfrenta diminuição gradual de sua atividade.

Desde o início do ano até setembro, por exemplo, a queda no volume total de unidades importadas vendidas – de associadas ou não da Abeiva – chegou a 40,64%. Foram apenas 84,45 mil unidades vendidas. No mesmo período, o número de concessionárias das importadoras no País recuou de 205 para 180 lojas.

“Precisamos manter este segmento, já que ele é referência de tecnologia e serve para manter o constante aprimoramento da indústria nacional”, defendeu Carioba. As 519 unidades vendidas em setembro representaram o pior desempenho entre as associadas da Abeiva desde a formação da entidade, em 1991.

Entre as propostas de Carioba para o segmento estão a redução da alíquota de importação e o fim de alguns trâmites burocráticos para agilizar o processo de venda. “Não há razão para uma taxa de importação superior a 30% e de tanta demora na liberação de veículos”, afirmou.

Sair da versão mobile