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Brasil mais atraente para investidor

Depois das incertezas provocadas pela eleição presidencial no ano passado, o Brasil volta a ficar mais atraente para os investidores estrangeiros. De 2002 para 2003, o país saltou da 13ª para a 9ª posição no Índice de Confiança de Investimentos Externos Diretos, calculado anualmente pela consultoria AT Kearney com base em pesquisa com presidentes e altos executivos das mil maiores empresas do mundo.

– Em um cenário global complicado, o Brasil avançou para a estabilidade, enquanto muitos países foram na direção contrária – explica Jairo Okret, vice-presidente do escritório brasileiro da AT Kearney.

Segundo Okret, um dos principais fatores para a decisão de investimento é a previsibilidade de seu retorno e, mesmo com problemas no marco regulatório brasileiro para alguns setores – vide a briga jurídica em torno do aumento das tarifas de telefonia fixa -, “em média eles acham que o país se estabilizou e, por isso, ficou mais atraente”.

Pelo levantamento da consultoria, 17% dos investidores globais estão mais otimistas em relação ao Brasil do que há um ano. E apesar de um em cada 10 ainda ter visão negativa em relação ao país, a tendência é melhorar no ranking, diz Okret.

– Dá para ver uma tendência de recuperação. O Brasil, de novo, está melhorando sua atratividade para os investidores.

A previsão da AT Kearney é de que o Brasil receba US$ 8 bilhões em investimentos diretos este ano. Apesar de o volume ser cerca da metade do registrado no ano passado – US$ 16,6 bilhões -, ele reflete a retração global no fluxo dos recursos, conta Okret.

– Proporcionalmente, o país está recebendo uma fatia maior dos recursos.

A China continua a liderar a lista dos destinos preferenciais dos investimentos estrangeiros, seguida dos Estados Unidos. Já o México pulou da 9ª posição, no ano passado, para o terceiro lugar, sua melhor classificação de todos os tempos, devido, principalmente, à confiança dos investidores americanos.

Cesar Baima

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