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Brasil e Argentina acertam convênio para financiamento

Brasil e Argentina firmaram um convênio inédito de integração bancária com o objetivo de financiar investimentos produtivos, operações de comércio exterior e projetos de infra-estrutura na região.

O acordo foi acertado entre o Banco de la Nación Argentina e o Bice (Banco de Investimento e Comércio Exterior), pelo lado argentino, e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O convênio, discutido há mais de um ano pelos dois países, terá validade de três anos e poderá ser prorrogado.

Não há um montante pré-determinado disponível para financiamento, mas o BNDES estima que fique em torno de US$ 1 bilhão.

O valor final vai depender da análise feita às cerca de 20 iniciativas submetidas a estudo pelas entidades e que incluem projetos de hidrovia, gasoduto, ferrovia e exportação de biotecnologia, entre outros.

“O passo é de extrema importância para financiar o comércio dentro da região, financiar investimentos e, como último elemento e talvez o mais importante, para uma maior participação dos nossos países no comércio mundial”, disse Roberto Lavagna, ministro da Economia argentino.

Arnaldo Bocco, presidente do Bice, mostrou-se otimista. “É um momento muito esperado principalmente porque vamos poder multiplicar os recursos de que dispomos, o que terá um efeito de reativação do setor privado e do setor público.”

“Nosso objetivo é basicamente criar um canal capaz de fomentar as exportações brasileiras de bens e serviços”, afirmou Darc Costa, vice-presidente do BNDES.

“Como desdobramento, num estágio mais avançado, imaginamos a possibilidade de articular os chamados acordos produtivos regionais, por exemplo, uma empresa argentina e uma brasileira se unindo para produzir determinado bem para o mercado internacional”, disse Costa. Segundo ele, os projetos para financiamento serão discutidos a partir da primeira quinzena de maio.

Carolina Vila-Nova

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