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BNDES privilegiará indústria

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social destinará R$ 21 bilhões à indústria em 2004, um crescimento de 35% em relação à previsão de empréstimos para o setor este ano (em torno de R$ 15 bilhões). Para a infra-estrutura, os desembolsos serão 62% superiores (R$ 15,5 bilhões). Isso comprova, segundo Maurício Piccinini, superintendente de planejamento da instituição, o apoio do BNDES à política industrial e ao Plano Plurianual (PPA) do governo Lula.

– Os indicadores do banco mostram uma retomada do investimento no longo prazo, a partir do ano que vem – afirmou Piccinini.

Para completar o orçamento de R$ 47,3 bilhões em 2004, o BNDES vai aumentar em 21% os empréstimos para a agropecuária (R$ 5,7 bilhões). Os desembolsos para comércio e serviços crescerão 18% (R$ 4,8 bilhões). Para educação e saúde, a alta é de 74% (R$ 657 milhões).

Com esses aumentos e o maior volume de consultas e projetos aprovados pelo BNDES já neste fim de ano, o executivo admitiu a possibilidade de o orçamento do banco sofrer um ajuste no ano que vem.

– Existem indícios de que a demanda vai ultrapassar os R$ 48 bilhões (em 2004). Pode se expandir ou não (o orçamento). É possível, só não posso afirmar que ocorreria – afirmou o superintendente.

Em novembro, os desembolsos do BNDES foram de R$ 6,3 bilhões, alta de 91% na comparação com o mesmo mês de 2002. De janeiro a novembro, os empréstimos do banco acumulam um total de R$ 30,1 bilhões. Faltam só R$ 4 bilhões para a instituição cumprir o orçamento deste ano (R$ 34,1 bilhões).

Na quinta-feira, 11, Carlos Lessa, presidente do BNDES, comemorou o orçamento previsto para 2004.

– Vamos colocar o Banco Interamericano de Desenvolvimento bem para trás em relação a ativos e vamos começar a nos aproximar do Banco Mundial como o segundo maior banco de fomento do mundo – afirmou.

Alberto Komatsu

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