BNDES lança fundos para capitais de risco
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está lançando um programa de investimentos em fundos voltados para saúde e educação. O comprometimento inicial será de até R$ 50 milhões em cada um. O objetivo é estruturar até três Fundos de Private Equity. Nesses fundos, o banco participará como estruturador e investidor âncora, com 25% do comprometimento total, cabendo o restante a outros investidores institucionais nacionais e estrangeiros. O objetivo do programa é obter mais recursos para investimentos de longo prazo nestes setores e fomentar a indústria de fundos de capital de risco.
Ampliação – Segundo informações do banco, a proposta faz parte da política de atuação do BNDES para ampliar investimentos em fundos de private equity de forma a destinar recursos para setores estratégicos. O banco participa de 17 fundos para capitalização de empresas em diferentes regiões do País. A decisão de estruturar e apoiar a constituição dos fundos voltados para saúde e educação, por parte do BNDES, “foi o reconhecimento de que há necessidade de investimentos para essas áreas, que não podem ser totalmente atendidas pelo setor público devido aos limites orçamentários e às exigências crescentes de novos serviços”, diz nota oficial do banco. Para o BNDES, a demanda nestes dois setores cria oportunidades de novos negócios na área de educação como a implantação de escolas profissionalizantes e diversificação de cursos nas universidades. No caso da área de saúde, o BNDES está interessado em incrementar a implantação de serviços especializados.
Energia – O banco desembolsou mais R$ 1,4 bilhão para o setor de energia no mês passado, elevando o acumulado no ano para R$ 7,64 bilhões para esse segmento. Isso representa aumento de 747% em relação aos onze primeiros meses de 2001 e foi o principal fator para elevar os desembolsos do banco estatal este ano. Até novembro o banco injetou R$ 32,837 bilhões na economia, sendo R$ 3,3 bilhões apenas em novembro, com aumento de 49% em relação aos primeiros onze meses de 2001. R$ 4 bi lhões a mais – Os desembolsos até novembro já superam em mais de R$ 4 bilhões o orçamento original para 2002 (R$ 28 bilhões). A nova previsão da instituição é de que até o final deste ano o banco liberará cerca de R$ 36 bilhões, estabelecendo novo recorde na história do banco. Essa “montanha” de dinheiro equivale a quase duas vezes o orçamento anual do governo do Estado do RJ, de R$ 18,5 bilhões.