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BID quer iniciativa como exemplo para Amércia Latina

Com cerca de 2,3 milhões de registros, antes de completar três anos de existência, o Empreendedor Individual (EI) poderá ser utilizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como exemplo de incentivo à formalização em outros países da América Latina. Uma comitiva da instituição, que está no Brasil para conhecer a experiência, visitou o Sebrae na segunda-feira,16.

“Outros países da região estão muito interessados na figura jurídica do Empreendedor Individual. É o caso do Equador, Nicarágua e Colômbia. Queremos ver como o modelo brasileiro pode contribuir com outras nações”, explicou o especialista sênior de Mercados de Trabalho do BID, Mariano Bosh.

Na opinião do representante do banco, todos os países da América Latina têm problemas com a informalidade. Muitos tentaram desenvolver programas para enfrentar a questão, sem sucesso. Segundo ele, a missão do banco quer entender como o Brasil obtém êxito em um processo de formalização feito de forma fácil e rápida.

Mariano Bosh destacou a importância da formalização para garantir acesso dos trabalhadores à previdência social. Ele enfatizou o benefício dos serviços de saúde. “Há países como México e Colômbia onde só o trabalhador formalizado possui o seguro de saúde”, exemplificou. Bosh lembrou que o registro estimula o aumento da produtividade e do desenvolvimento das empresas e dos respectivos países.

De acordo com Mariano Bosh, o BID pode contribuir com estudos que possibilitem maior entendimento e efetividade ao Empreendedor Individual. Para o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, os números do EI, com média de formalização de 5 mil registros por dia, atestam o sucesso do modelo.

“Esse resultado é obtido sem campanhas de incentivo, apenas com a propaganda boca a boca, com os empreendedores indicando a formalização para outros”, afirmou Bruno. Ele lembrou que o Sebrae reforça os programas de capacitação para aumentar a sustentabilidade desses negócios, mas que ainda há desafios a serem vencidos, como ampliar o acesso a crédito. A expectativa é de que o BID também possa contribuir nessa área.

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