Refazer todo o trabalho
“Vou refazer todo o trabalho”, afirmou o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy.
Segundo ele, serão reformuladas as próprias linhas gerais da proposta que havia preparado, a qual exigia que toda cooperativa estivesse ligada a uma central e a um fundo garantidor. A proposta restringia, também, o modelo a cidades com população de 100 mil a 500 mil.
De acordo com Darcy, o ponto mais delicado da discussão do assunto no governo é a amplitude que terá a livre associação.
Ele acredita, porém, que tudo será resolvido logo e que a nova proposta de resolução estará finalizada ainda este semestre.
“Em maio”
Apesar de a proposta ter que ser refeita, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra ainda mais otimismo. “Acho que sai na próxima reunião do CMN (em maio)”, declarou o coordenador do Conselho Especializado de Crédito da OCB, Alcenor Pagnussatt, interlocutor freqüente da Fazenda e do Banco Central sobre o tema.
Segundo Pagnussatt, que disse já ter conversado com Sérgio Darcy a respeito da revisão da proposta, o formato anterior da livre associação será flexibilizado para favorecer a criação de cooperativas de crédito pequenas.
Para elas, poderá cair, por exemplo, a obrigação de vínculo a uma cooperativa central e a um fundo garantidor, ligação que só valeria para as maiores.
“O formato anterior será flexibilizado. As pequenas terão limitações operacionais, não obrigações”, prevê Pagnussatt.
Para o executivo, o atraso na aprovação da resolução foi positivo. “Estou feliz porque o atraso vai fazer com que a proposta saia direito.”
Organização das cooperativas elogia a revisão e acredita que a nova proposta será mais positiva para o setor.