O resultado das transações correntes (operações comerciais e de serviços com o exterior) fechou o ano de 2002 com déficit de US$ 7,758 bilhões, o menor desde 1994, quando foi registrado saldo negativo de US$ 1,811 bilhão.
Em 2001, o déficit nessa conta chegou a US$ 23,212 bilhões. Em dezembro do ano passado, as transações correntes registraram saldo negativo de US$ 106 milhões. Foi o melhor desempenho desde dezembro de1992, quando ficou positivo em US$ 435 milhões.
Em dezembro de 2001, a conta foi deficitária em US$ 1,783 bilhão. Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), as transações correntes caíram de 4,55%, em 2001, para 1,67%, no ano passado.
Esse ajuste de quase 3 pontos percentuais é o melhor desde março de 1995 (1,32%), no acumulado em doze meses. Se considerado o ano fechado, foi o melhor desde 1994 (0,33%).
Ao dar as informações, o Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, definiu o resultado de 2002 como um ajuste muito profundo nas contas externas, que teve como contraponto o resultado da balança comercial superavitário em US$ 13,120 bilhões.
Os investimentos diretos também superaram as expectativas do Banco Central. Eram previstos US$ 16 bilhões e chegou a US$ 16,566 bilhões, contra US$ 22,457 bilhões, em 2001. No mês de dezembro último, ingressaram no País US$ 1,503 bilhão desses investimentos. Em igual período de 2001 ingressaram US$ 3,659 bilhões.
De acordo com Altamir Lopes, até quarta (22) entraram no País US$ 532 milhões. Ele prevê para o mês US$ 800 milhões.