O aumento da violência nas grandes cidades está fazendo com que os serviços oferecidos à população fiquem cada vez mais restritos. O ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, sugeriu ontem que os caixas eletrônicos fiquem fechados entre as 22h e 6h mesmo após o fim do racionamento de energia anunciado para 1º de março. Na próxima semana, haverá uma reunião do conselho técnico da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) para discutir a proposta do ministro e outras medidas a serem adotadas.
Os bancos já sinalizaram que estão dispostos a fechar definitivamente os caixas eletrônicos nos lugares mais perigosos das grandes cidades. De acordo com levantamento da Febraban, 500 caixas poderiam ser fechados para dificultar os sequestros relâmpagos. Entretanto, qualquer decisão a esse respeito só deve ser tomada depois de uma consulta ao conselho da entidade. De qualquer forma, a diretoria da Febraban deverá se reunir hoje para tratar deste e de outros assuntos.
Nunes discutiu a continuidade da medida com representantes dos bancos ontem, mas não houve retorno a respeito, já que a decisão é exclusivamente dos bancos.
O objetivo é aumentar a segurança nos caixas eletrônicos devido ao aumento de assaltos e sequestros aos usuários desse serviço. Outra proposta será o remanejamento de alguns caixas eletrônicos para locais com maior movimento de pessoas.
A Febraban informou que pediu ajuda a Secretaria Nacional de Segurança Pública para mapear os caixas eletrônicos com maior número de ocorrências de sequestros e assaltos, e, a partir dos dados coletados, negociar com os bancos a possibilidade de fechar os caixas durante o horário sugerido pelo Ministério da Justiça.
Existem cerca de 130 mil caixas eletrônicos no Brasil, sendo que 120 mil estão instalados dentro de agências, de acordo com a Febraban. O restante funciona em outros locais como supermercados, shoppings, aeroportos e vias públicas.