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Autoridades discutem poluição visual na cidade

Guarulhos, 12 de agosto de 2003

divulgaçãoA poluição visual é um grave problema enfrentado por muitas cidades. E Guarulhos não foge à regra. Ultimamente, a forma de se divulgar produtos e serviços tem sido praticada de maneira tão impensada e desordenada que desvaloriza o município e passa uma imagem equivocada da região como um local sujo e sem atrativos.

Para reverter essa situação e melhorar o visual da cidade, a Associação Guarulhense de Administradores e Corretores de Imóveis (Agaci) e o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), com apoio da Prefeitura estão desenvolvendo um projeto que visa a moralização da publicidade no setor imobiliário, como também propõe sua expansão para outros tipos de segmentos.

Uma das propostas é eliminar as placas de Venda e Locação expostas nas fachadas de comércios e residências, que em alguns casos chegam a ocupar todo o espaço de portões e muros de um único imóvel. “A proposta de acabar com as placas foi aprovada e bem sucedida nas cidades de Guarujá e São José dos Campos”, diz o presidente da Agaci, Pedro Lago.

O projeto prevê, além da busca por um ambiente mais agradável e limpo em toda Guarulhos, a conscientização da sociedade de que não há necessidade de se afixar placas ou distribuir panfletos para se fazer um bom negócio. Basta apenas procurar uma imobiliária séria e regularizada e descrever o imóvel desejado, que os profissionais se encarregarão de encontrá-lo.

Segundo o secretário de Indústria, Comércio e Abastecimento (Sica), Antônio Carlos de Almeida, com essa idéia cria-se um novo sistema de comercialização de imóveis, que gera uma série de vantagens, tanto para o consumidor quanto para os empresários do setor imobiliário, que vai desde o fator segurança até o fator financeiro. Apesar de o projeto não ter sido apresentado oficialmente, o secretário informou que o prefeito Elói Pietá se mostrou sensibilizado em melhorar o visual da cidade.

A proposta abrange a interação entre os órgãos de classe dos corretores de imóveis e os órgãos municipais, até a efetiva viabilização do proposto. Para o diretor e conselheiro do Creci, Francisco Pereira Afonso, a iniciativa do projeto é excelente. Para que a idéia dê certo é preciso que os proprietários de imóveis se conscientizem da necessidade do contrato de exclusividade, uma vez que podem ter de arcar com multas, dependendo da quantidade de placas afixadas no imóvel. “A sociedade não tem noção das leis e da limitação de placas. Assim, tanto o dono do imóvel quanto a imobiliária podem ser autuados”, explica o chefe da Divisão de Regularização de Atividades, Luiz Carlos Barbosa.

Quem decidir infringir as leis precisa preparar o bolso. Os valores das multas por excesso de publicidade, que englobam placas de imobiliárias, panfletos, colagens ou pinturas em postes ou muros, variam de R$ 297,00 a R$ 1.190,00, dependendo da metragem da propaganda.