Anatel propõe meio de acesso à web que poderá baratear serviços
A proposta da Anatel para que se criem formas alternativas de pagamento pelo acesso à internet, e não apenas pelo atual sistema de cobrança de pulsos da telefonia fixa, terá de dar liberdade ao usuário para que ele escolha o modelo que prefere e opte por bloquear os demais.
A Anatel acredita que se a conta telefônica mostrar separadamente o tempo gasto com serviços de voz e com acesso à internet, pode ser estimulada uma maior transparência nos custos de provedores e operadoras e uma conseqüente disputa de preços para conquistar o usuário.
Outro benefício que o sistema trará é o de permitir que o usuário possa programar seus gastos e navegar na internet em horários mais convenientes em termos de preços. As operadoras também poderão criar preços diferenciados em momentos de pouco uso de tráfego para redistribuir o uso de suas redes ao longo do dia.
– Já ficou claro que o usuário não quer tarifa plana, mas, sim, uma tarifa que se adeque ao seu perfil de internauta – afirmou há pouco Edmundo Matarazzo, superintendente de universalização da Anatel.
Segundo ele, operadoras e provedores terão que viabilizar a escolha do usuário.
– As dificuldades técnicas não são justificativas suficientes para que o consumidor não possa escolher qual modelo irá usar – afirmou Matarazzo.
Além do atual sistema, de cobrança por pulsos, a Anatel propõe que se crie um código não-geográfico (0700, no caso) para que os provedores tenham uma numeração específica e as ligações para acesso sejam cobradas de forma uniforme, independentemente da região onde foram originadas.
Outra proposta é o uso de um código 1700 que remeta as ligações de acesso à internet para uma rede de dados à parte da rede de voz. No caso do código não-geográfico, os provedores deverão solicitar à Anatel uma numeração de sete dígitos. Por isso, o usuário irá discar 07 + código da prestadora + os sete dígitos escolhidos pelo provedor.
O sistema vai permitir que a Anatel mantenha um cadastro com todos os provedores do país e coloque seus dados à disposição dos cidadãos, lembra Matarazzo.