O prefeito Sebastião Almeida assinou dois decretos em que destina R$ 5.812.691 para ampliação e modernização do sistema viário urbano. De acordo com a Secretaria de Governo, R$ 2.069.691 serão remanejados para as obras do Viaduto Cidade de Guarulhos. Já sobre o restante da verba ainda não houve confirmação de qual será a destinação.
No ano passado, a Camargo Corrêa abandonou a construção do viaduto por não ver viabilidade em concluir a obra pelo preço de R$ 42 milhões. Com isso, a administração municipal repassou a construção da alça que falta na rodovia Presidente Dutra, sentido Rio de Janeiro, para a Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos (Proguaru) por mais de R$ 14 milhões.
A conclusão do trecho entre a via elevada e a avenida Monteiro Lobato ficou a cargo da JZ Engenharia e Comércio por cerca de R$ 10,5 milhões. Ao todo, serão gastos R$ 63,8 milhões do Tesouro Municipal, considerando que a Prefeitura não pagará R$ 5 milhões para a Camargo Correa por não ter terminado a obra.
Do decreto 27.170, que destina recursos ao viaduto, Almeida retirou verbas de diversos setores, entre os quais: R$ 162.631 para gestão e administração da Secretaria de Obras; R$ 701.440 da manutenção dos serviços de transporte interno; R$ 45.500 para manutenção e conservação de unidades municipais, R$ 1.750 da manutenção do sistema de drenagem urbana; R$ 766.570 para manutenção do sistema de iluminação e energia; R$ 300 mil de ampliação e modernização do sistema de iluminação e energia.
Já o decreto 27.271, que suplementa R$ 3.743.000, também desloca verbas de vários setores do Governo. Dentre as ações que tiveram o orçamento reduzido, é possível destacar a diminuição de R$ 61.600 para apoio às instituições e entidades, R$ 45.780 na formação de servidores, R$ 150 mil do Apoio ao Educando Fundamental e Infantil, R$ 56 mil da manutenção dos Serviços de Atendimento ao Cidadão, R$ 200 mil de apoio aos desempregados, R$ 222 mil de combate à fome, R$ 448 mil de varrição e limpeza urbana e R$ 450 mil de coleta, reciclagem e tratamento de recursos sólidos. De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos, Wilson Lourenço, o remanejamento de verbas revela que a prefeitura não planejou o orçamento adequadamente.
“A administração será avaliada no final do mandato. Não se pode mexer em algumas verbas, como saúde e educação.” O vereador Ricardo Rui (PPS) também criticou a Prefeitura. “Já estão mudando o orçamento no primeiro mês de aplicação.”