Com seis anos de atividade parlamentar como deputado estadual, o atual prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida, também fez coro contrariamente a mudança de horário das sessões da Câmara Municipal das 14h para 18h. A emenda, proposta pela vereadora Helena Sena (PSC) e outros 13 colegas ao Regimento Interno do Legislativo, aumentará os custos anuais da Casa de Leis em R$ 600 mil somente com horas extras e adicional noturno dos funcionários, sem contar os gastos com água, luz, telefone e dobra necessária de segurança.
De acordo com Almeida, a alteração do horário atrapalhará o trabalho da imprensa e, consequentemente, as informações que a população recebe dos parlamentares. “A cobertura da mídia local no Legislativo tem sido de alta qualidade e será prejudicada caso a mudança seja aprovada.”
A maioria dos Parlamentos no país funciona no período vespertino. A Câmara Municipal de São Paulo, por exemplo, têm sessões de terça a quinta, a partir das 15h. A Assembleia Legislativa programa sessões de segunda a sexta, desde 14h30. Já o Congresso Nacional, incluindo a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, segue sessões ordinárias de terça a quinta a partir das 14h.
A alteração do horário possibilitará que vereadores que possuem outras atividades e os profissionais liberais fiquem livres para as atividades particulares e deixem as sessões apenas para o período noturno. De acordo com Almeida, os vereadores não devem buscar privilégios pessoais na Câmara Municipal. “Já pensou agora se os deputados mudassem os horários das sessões toda vez de acordo com as condições de trabalho deles? Isso não é possível, até porque é preciso que haja disciplina e seriedade.”
O novo Regimento Interno da Casa de Leis deve entrar em votação até o final do mês. Amanhã é o último dia para os vereadores apresentarem emendas à proposta da Comissão de Justiça e Redação.
