ACSP prevê crescimento de 5,5% no Dia dos Namorados
Da mesma forma que os casais apaixonados, o comércio também tem motivos para comemorar o Dia dos Namorados. A expectativa da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) é de um aumento de 12% nas vendas em valor nominal e de 6%, se descontada a inflação. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também prevê um crescimento que deverá ficar entre 5% e 5,5% nas vendas no mês de junho. Embora não sejam nenhum espetáculo, as expectativas apontam que está ocorrendo um reaquecimento da economia.
A ACSP prevê ainda que as vendas a prazo até o próximo dia 12, medidas pelas consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), terão acréscimo de 7% se comparadas a 2003. As compras a vista, normalmente feitas com cheque, ficarão entre 1% e 2% maiores que no ano passado. “Mas isso pode mudar se continuar fazendo frio em São Paulo. Daí, podem aumentar as compras a vista”, acredita o economista Emílio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP. Ele explica que, em geral, bens não-duráveis, como vestuário, são comprados com cheque.
Essa retomada da economia é comprovada pelo comportamento do consumidor no mês de maio, quando houve um aumento de 2,5% nas consultas ao cheque e 4,1% nas consultas ao SCPC. “O ano de 2003 foi muito ruim, mas agora retomamos os patamares de 2001 e 2002”, diz Alfieri. Em junho do ano passado, houve uma queda de 4,5% nas consultas ao SCPC e de 2% nas vendas a vista, quando comparados ao mesmo período de 2002.
Namoro quente – A chegada de dias frios em São Paulo (as temperaturas médias dos últimos dias foram de 16ºC), anima principalmente os comerciantes de confecção e calçados. Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas de São Paulo (Sindilojas), Ruy de Moraes Nazarian, os namorados costumam dar presentes pessoais, como roupas e sapatos.
“Para as mães são dados eletrodomésticos e outros bens duráveis, mas para os namorados isso quase nunca acontece. Essa é a oportunidade para o setor de vestuário retomar suas vendas, estagnadas nos últimos dois anos quando praticamente não houve inverno”, afirma Nazarian.
O presidente do Sindilojas acredita que o crescimento possa alcançar o patamar de 30% se as temperaturas continuarem baixas. O Sindilojas prevê um gasto médio com presentes de R$ 70. Já a Associação Comercial de São Paulo, a Abrasce e a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) por outro lado, prevêem um gasto médio por usuário entre R$ 30 e R$ 35.
Pesquisa – Pesquisa divulgada pela Toledo & Associados, feita em São Paulo com 806 pessoas, aponta que apenas 39% dos entrevistados pretendem dar presente no Dia dos Namorados. O gasto médio, segundo a pesquisa, deverá ficar em torno de R$ 90.
Itens de perfumaria e cosmésticos têm a preferência da maioria dos consumidores, seguidos por vestuário masculino e feminino, ambos com 17%. Livros e Cds vieram em terceiro lugar, com 11% e as flores aparecem em quarto, com 6% da preferência.
Do total de entrevistados pelo instituto de pesquisa, 51% eram casados e 32% solteiros.
Fernanda Pressinott