ACE alerta sobre golpe do limpe seu nome
Dívida com uma instituição financeira e a consciência de que é preciso saldar seu débito para voltar a ter o nome limpo. É desta maneira que pensa o microempresário Marcelo Santana da Silva, que manifestou o desejo de ter crédito novamente ao consultar o seu nome no balcão de atendimento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Mas infelizmente, muitos daqueles que se encontram com o “nome sujo” pensam diferente e acabam caindo numa modalidade de golpe que vem preocupando à Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE).
Golpistas têm utilizado a internet para vender serviços que prometem retirar o nome de devedores do SCPC/Registro de Débitos. O golpe consiste na comercialização de um manual, que geralmente é vendido por R$ 50. Por meio do manual, os devedores são orientados a se fazerem de vítimas, que orientem seus amigos a mentirem sobre suas dívidas, ensina a adulterar cheques devolvidos, entre outros caminhos ilegais.
O diretor jurídico da ACE, Marco Aurélio Ferreira Pinto dos Santos, orienta aos devedores que sempre desconfiem das ações de terceiros. “Qualquer dívida que a pessoa tenha deve ser saldada diretamente com o credor ou, em casos de títulos protestados, por meio dos cartórios. E para ter o nome limpo é preciso não se esquecer de solicitar um documento que prove o pagamento da dívida”, orientou.
Para o microempresário Marcelo Santana da Silva, o melhor caminho é pagar o que se deve. “Já tive dívidas maiores, que foram negociadas e pagas. Se eu comprei alguma coisa eu preciso pagar. Esta é a regra do jogo”, disse.
Outra orientação dos golpistas diz respeito ao tempo de prescrição da dívida. Hoje, um débito fica registrado no cadastro de inadimplentes pelo período de cinco anos, mas isto não significa que o débito foi extinto. Vale ressaltar que a dívida continuará existindo e o credor pode acionar a Justiça para recuperar o valor.
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também vem alertando sobre o golpe. Confira matéria publicada no portal G1 e a reportagem veiculada no Jornal Hoje, da Rede Globo clicando no link: http://migre.me/nqnh