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Abras prevê fim dos reajustes

Guarulhos, 18 de novembro de 2002

A remarcação de preços nos supermercados, que provocou até a falta de alguns itens nos últimos dias, deve desacelerar e acabar até o fim do mês. Neste período também, todos os artigos que sumiram das gôndolas devem reaparecer. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), José Humberto Pires de Araújo. Segundo ele, os motivos seriam o recuo do dólar (embora não tão acelerado quanto o esperado), a demanda fraca e o fim dos repasses de aumento de custos pelas indústrias.

Para o executivo, a elevação de preços registrada neste momento é pontual, não significando o retorno da inflação. O principal motivo para esta expectativa é a falta de demanda. Araújo considerou que “o pior já passou” e destacou que as pressões ocorridas nos últimos dias foram conseqüência da conjunção de diversos fatores, como a quebra de safra de produtos agrícolas, entressafra, aumento de tarifas públicas e o processo eleitoral.

Além disto, os preços no atacado, desde junho, vinham mostrando que havia um aumento represado e muitas indústrias aguardavam o fim do processo eleitoral, na expectativa de que faria recuar o dólar, o que não ocorreu na velocidade esperada.

O presidente da Abras disse ainda que o único caso preocupante neste momento é o do arroz: a nova safra só entra em fevereiro e o aumento acumulado até setembro já estava em 19,6%. Por conta disso, o governo até já teria autorizado a importação do produto dos Estados Unidos, segundo Araújo.