O comércio evolui passo a passo com os avanços da humanidade. Basta lembrarmos que em épocas remotas da civilização humana trocavam-se mercadorias baseando-se apenas na quantidade ou peso, não importando o valor de mercado, mesmo porque esta idéia até então inexistia. Esta prática de troca direta era chamada de escambo.
Tempos depois o homem criou a moeda, que tinha como escopo substituir a troca de mercadorias, o que de fato modificou consideravelmente as regras da mercancia alavancando assim o crescimento e desenvolvimento do comércio.
Com o advento da descoberta e contato com novos povos e civilizações, houve o auge do comércio na Idade Média, o que propiciou a criação dos burgos que se formaram devido as feiras comerciais realizadas em torno das muralhas que cercavam o domínio dos senhores feudais, os quais posteriormente deram origem as principais cidades européias.
No Brasil, o comércio inicialmente desenvolveu-se graças ao trabalho dos mascates que vendiam de porta em porta mercadorias diversas de norte a sul do país. Logo houve a criação dos armazéns, que vendiam de tudo para todos, fomentando o consumo mesmo nas regiões mais remotas do país com a venda a prazo, na época chamada de “caderneta”.
Com a popularização do telefone, televisão e principalmente da Internet agora na era digital, o comércio evoluiu radicalmente, onde hoje não temos a menor necessidade de sair de casa para adquirir produtos e até serviços.
O comércio globalizado caminha de mãos dadas com o crescimento do mercado online, que além de ser dinâmico, oferece a grande vantagem dos consumidores poderem adquirir uma grande gama de produtos onde quer que estejam, desde que tenham acesso a um simples computador conectado a Internet, o que vem se tornando cada vez mais acessível para todas as classes sociais no Brasil.
Nas lojas virtuais, também chamadas de e-commerce, não há a necessidade de papel moeda tampouco da presença do comprador, pois toda transação é realizada em um ambiente virtual seguro, através de uma página (website) hospedada em um servidor na Internet que fica disponível para o consumidor efetuar suas compras 24 horas por dia nos 7 dias da semana.
Segundo dados da E-bit, empresa de pesquisa e marketing online, no ano de 2006 o comércio realizado através de lojas virtuais no Brasil, atingiu um faturamento de R$ 4,4 bilhões, o que demonstra um crescimento surpreendente de 76% com relação ao ano de 2005, conquistando assim espaço importante nas vendas do comércio em geral, que até algum tempo atrás não era levado em conta.
Estes números e cifras, que ora nos chamam a atenção, só tendem a aumentar, pois além do consumidor brasileiro estar confiando cada vez mais nesta modalidade de compra, o numero de computadores pessoais conectados a Internet, ou seja, clientes potenciais, cresce a cada dia que passa.
Segundo pesquisas realizadas pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o percentual de residências brasileiras com computadores subiu de 16,9% no ano de 2005 para 19,6% no ano de 2006, o que representa 10,4 milhões de lares. Já o acesso à Internet subiu de 13% para 14,5% neste mesmo período.
A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico estima que no Brasil tenhamos cerca de 5,7 milhões de consumidores que habitualmente fazem compras em lojas virtuais, perto de 20% a mais do que em março de 2006, sendo que o tíquete médio gasto pelos e-consumidores gira em torno de R$ 380,00.
Muitas empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes e dos mais diversos segmentos já descobriram o potencial da internet, mercado que entra ano sai ano, cresce surpreendentemente no Brasil e no mundo.
O empresário que ingressa no mercado online sabendo qual é seu público alvo, oferecendo a seus clientes um ambiente seguro para realizar transações comerciais, entregas rápidas, investindo de forma eficiente em publicidade e marketing e tendo preços competitivos com certeza será mais um case de sucesso neste mercado ainda pouco desbravado.
Lucas Dorador Guimarães
Diretor de Tecnologia da Informação da ACE
Calumax Comércio Ltda.
www.calumax.com.br