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A Última Profecia traz Richard Gere e apelo em fatos reais

Os cabelos grisalhos do galã Richard Gere podem até trazer uma dezena de fãs ao cinema, mas desta vez não são o principal atrativo de A Última Profecia, estréia deste final de semana. O maior apelo do thriller de Mark Pellington (O Suspeito da Rua Arlington) é o fato de ser baseado em relatos reais, por mais incríveis que estes pareçam ser.

O filme foi gerado a partir de um livro escrito por um repórter que presenciou os tais acontecimentos na cidade de Point Pleasant, Virgínia Ocidental, durante a década de 60. Os estranhos fenômenos duraram treze meses e foram interpretados como premonições de uma tragédia que deixou mais de 30 mortos.

Gere vive John Keel, um jornalista do Washington Post que perde a mulher num acidente de carro. Antes de morrer, porém, ela faz desenhos de uma espécie de anjo negro que viu ao perder a direção do automóvel. Passados dois anos, durante uma viagem a trabalho para Richmond, Keel acaba parando misteriosamente em Point Pleasant, a 650 quilômetros de onde pensava estar.

Lá o jornalista descobre que vários moradores da pequena cidade tiveram visões da mesma criatura que sua mulher desenhara antes de sua morte. Sem conseguir deixar Point Pleasant, Keel passa a receber estranhos telefonemas com previsões de desastres que acabam se confirmando. Com a ajuda da policial da cidade (Laura Linney), o repórter começa a investigar o caso.

Até aí, a mistura de cenas desconcertantes com a exploração do drama psicológico do personagem central faz o filme correr bem. A partir do momento em que os fenômenos começam a apontar para a última tragédia, porém, a trama desanda. Os mais de trinta minutos finais arrastam-se, a ponto cansar o espectador.

Andréia Fernandes

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