Palavra do Presidente

É preciso acabar a paralisação e discutir a reforma tributária

“Reflexos da paralisação já são sentidos no comércio guarulhense”, afirma Paneque

Guarulhos, 29 de maio de 2018

A greve dos caminhoneiros já dura mais de uma semana. O clima é tenso, pois o movimento paredista continua, mesmo com o aceno do governo em atender as principais reivindicações da categoria. Diante da situação, a cautela se faz necessária.

Entretanto, é preciso avançar e, neste momento, é preciso findar o bloqueio de estradas e quaisquer outras medidas que interrompam o direito de ir e vir das pessoas. O direito de greve é legítimo, mas tem que ocorrer sempre dentro dos limites da lei. Prorrogar a paralisação certamente acarretará em custos ainda maiores a médio prazo. Reflexos da paralisação já são sentidos no comércio guarulhense, tanto para quem compra como para quem vende.

Uma das medidas que defendo com urgência para a reformulação dos custos do transporte diz respeito aos tributos. Os impostos praticados no Brasil oneram demasiadamente o empreendedor que quer produzir e fazer a roda da economia girar. A carga tributária alcançou níveis escorchantes!

O governo fala em aumentar impostos para estancar a sangria do subsídio do Diesel. A matemática é simples: quanto mais tributos, mais caro fica qualquer produto para o consumidor. Assim, todos perdem. Inclusive o governo, pois muitos acabam sonegando impostos para aumentar a margem de lucro.

A paralisação dos caminhoneiros mostrou que do jeito que está não pode mais ficar. Nem estrada bloqueada, nem o governo apertando o empreendedor e o consumidor. Há outras alternativas, como cortes estatais nas mordomias. Basta vontade de agir.