A arte feminina de empreender no virtual
Elas já são maioria no empreendedorismo brasileiro. Segundo dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), as mulheres dominam 53% dos negócios em estágio inicial. Seja para sustentar a casa, complementar a renda ou porque vislumbrou uma oportunidade de negócio, a mulher tem investido crescentemente na carreira de empreendedora. E, para isso, encontra facilidades tecnológicas e um ambiente que não existia uma década atrás.
De acordo com o professor da FGV, Tales Andreassi, o empreendedorismo feminino surge a partir da necessidade da mulher alavancar sua carreira tendo que conciliar trabalho com as obrigações familiares. “O papel que a mulher exerce na criação dos filhos é preponderante e ela vê no empreendedorismo uma forma de ter flexibilidade para crescer profissionalmente sem comprometer a família”, explica.
Os especialistas concordam que, além da mudança cultural, a evolução tecnológica contribui para este novo papel da mulher na sociedade. Com o advento da internet e da era pós-industrial, em que o serviço agregado tem mais valor do que o produto em si, a mulher achou um campo fértil de trabalho.
“Na sociedade do conhecimento, dominada pela lógica comercial, as mulheres levam vantagem, já que têm mais facilidade de comunicação e relacionamento”, explica Antônio Carlos de Matos, consultor de empresas e diretor do Ibelg (Instituto Brasileiro de Excelência em Liderança e Gestão).